segunda-feira, 12 de março de 2012

CARTA AOS ATEUS!

 Tolerância e intolerância são as palavras preferidas do vocabulário ateu. Acusam-nos de sermos intolerantes, e que devíamos aprender a “respeitar” o outro. Será que na prática isto é assim mesmo? Vamos aos fatos.
    É de praxe você encontrar (in loco) algum ateu nas redes sociais questionando a existência de Deus, (até porque este é o maior incômodo da vida deles, esse é o seu projeto existencial, provar que Deus não existe), e até mesmo desrespeitando a crença alheia, ou ainda ao nosso ver, blasfemando, zombando e escarnecendo de nossa fé. Querido leitor, já te faço uma pergunta: Será mesmo nós cristãos os intolerantes??
     Os ateus deveriam se espelhar na vida de seus mestres como Voltaire que disse: “Posso não concordar com uma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-lo”. Isso nossos caros ateus não fazem, pois nos tratam como ignorantes e massa de manobra, como se fossemos os mais ingênuos da terra. Ainda em Voltaire, “Se Deus não existisse seria preciso inventá-lo”, as palavras do Iluminista francês vem ao encontro da afirmação do psicólogo alemão C. Jung, parafraseando: “A idéia do divino é um arquétipo coletivo da humanidade”. Ora, só temos a idéia de um Ser transcendente (Deus), porque este Ser quis se comunicar ou se revelar a nós. Assim, a partir de Mircea Eliade (Historiador das Religiões),”... não existe nenhum povo, ou tribo se quer, que não tenha a idéia da existência de um ser transcendental (divino)...”.
    Nossos caros ateus nos acusam de sermos intolerantes. Vamos ver o que nosso mestre fez (Jesus), e o que os mestres deles fizeram. Jesus em seu ministério terreno, alimentou os famintos, consolou os angustiados, curou os enfermos, chorou pela morte de Lázaro. Lidou com toda classe social, pobres, ricos, leprosos, prostitutas, beberrões e chegou a ganhar um apelido: “Amigo dos Pecadores”. Jesus respeitou as diferenças, o poder instituído de sua época (Império Romano), e se submeteu ao julgamento ou ao crivo da religião predominante (judaísmo). A bíblia ainda nos diz, que, “como um cordeiro mudo foi levado ao matadouro”.
    Um dos grandes mestres dos ateus, Marx, que era da linhagem judaica e disse certa vez que “A religião é o ópio do povo”. E para provocá-los vou fazer das palavras de Raymond Aron as minhas: “Se a religião é o ópio do povo, o marxismo é o ópio dos intelectuais”. Na revolução de 1917 e em toda existência da URSS (União das Republicas, Socialistas Soviéticas), uma das metas do sistema era reprimir qualquer manifestação religiosa. Padres, pastores e clérigos em geral foram mortos nas mãos dos comunistas (ateus), e igrejas se tornaram departamentos políticos. Quem ousa-se ter alguma manifestação religiosa, ou era exilado para Sibéria ou pagava com a própria vida, e a famosa polícia KGB se encarregava do serviço. E se acharem que estou fazendo um historicismo (forçando uma história), temos um exemplo brasileiro, o Pr. Josué Irion, e outros pastores foram presos e torturados pela KGB em moscou, por portarem bíblias. A carnificina foi tanta nos governos de Lênin, Trotsky, chegando ao ápice no de Stalin, e ao chegar ao comando do regime, Nikita Krushev, denunciou ao mundo as atrocidades do regime comunista que, pregava a igualdade entre os seres humanos, mas que na prática, o que se viu foi outra coisa.
     Caro leitor, também tenho o pensamento de esquerda, penso sim na igualdade social, como Cristo pensou, e como no livro Atos dos Apóstolos mostra At. 2.42-47, que os cristãos tinham tudo em comum. Contudo, será que nós que cremos em Deus é que somos intolerantes? Será que em nome de uma pseudo-igualdade, podemos usar todos os meios para um fim? Será que pelo derramamento de sangue, é que traremos a igualdade para o mundo?
    Sabemos sim e reconhecemos que, Cuba tem uma das melhores educações e saúde do mundo. Mas quando vamos olhar a construção do comunismo naquele país, vemos que o derramamento de sangue esteve sempre presente, mesmo na vida do aclamado Ernesto Guevara, o Chê, (obs. tenho camiseta dele), e na vida de Fidel e de seus revolucionários. A repressão religiosa também foi uma constante lá. Olhando para Cuba hoje, o país do comunismo, se vê uma nação que agora está abrindo as portas para o capitalismo, pois está mais que claro que o comunismo se tornou uma utopia para o mundo (não que eu seja a favor do capitalismo).
     Só será possível a igualdade no mundo, quando tivermos referenciais, ou exemplos, como Cristo o foi para a humanidade, pois as tentativas socialistas fracassaram.
     Outro mestre dos ateus, Friedrich Nietzsche é reverenciado por ser o grande expoente do ateísmo. Gostaria de saber se algum dos ateus já leram a “Oração ao Deus desconhecido”, se leram não entenderam, e se entenderam não a divulgaram. Nietzsche é um típico exemplo de anacronismo, onde todo Ateu sem causa o cita sem o conhecer, pois Nietzsche foi um filósofo que questionou a instituição religiosa de sua época, era um homem descontente com o que fizeram com Deus, mas não necessariamente ateu. O “deus” que para Nietzsche morreu foi o “deus” que já nasceu morto: o “deus” da religião.
     Nossos queridos ateus acusam as instituições religiosas por grande parte dos problemas do mundo. Nisto reconhecemos, e dizemos que não temos nada a ver com a Idade Média e seus Papas, nem com Edir Macedo e nem com Valdemiro Santiago. O Cristo não tem nada a ver com a cristandade. Os problemas criados em nome de Deus, não tem nada a ver com Deus. Não temos culpa se alguns legitimaram e legitimam suas ações criminosas, patifarias e heresias em nome de Deus.
    Os ateus acusam as igrejas de não ajudarem a combater as mazelas sociais. Isto é verdade, mas nem totalmente, pois toda a generalização é mentirosa e covarde. Existem igrejas sim, que primam pelo amor ao próximo, mas temos que ter em mente que Deus não vai descer do céu para resolver os problemas aqui em baixo, já que ele tem os homens para fazer esse trabalho. O grande problema é que, como diz o salmista, “Não há quem faça o bem, não há um justo sequer” Sl 53., Deus nunca desejou ver sua criação como está, mas os meios que Ele dispõe a mão, os homens, se tornaram gananciosos e amantes de si mesmo, e assim, não conseguem olhar além de seus próprios umbigos.
     Queridos ateus e agnósticos, vocês já tentaram resolver os problemas sociais e não conseguiram, nem com o Humanismo, nem com o Iluminismo, nem com o Comunismo, nem com o existencialismo e nem com a pós-modernidade. Então faça-nos um favor, não acuse Deus pela desgraça que está o mundo, pois Ele não é um banco nem um balcão de mercado, e por favor, diferencie as “igrejas” do evangelho de Cristo, pois “Nem todo aquele que diz senhor, senhor, entrará no Reino dos Céus”, o evangelho é muito nobre para ser comparado com a deturpação que há em nome dele nesse tempo.
    Senhores ateus sem causa, só me resta concluir que de fato, não somos nós os intolerantes, mas vocês mesmo. Ninguém é obrigado acreditar em Gênesis ou em Darwin, mas precisamos nos respeitar e conviver com o diferente, com o outro. Nunca saí blasfemando contra o ateísmo, mas respeito quem não acredita em Deus, e tem todo o direito de não acreditar, pois acima de tudo isso envolve fé. Dos bons amigos que tenho, um era ateu convicto, e nunca tivemos nenhum problema, pois respeitávamos um ao outro.
 
Senhores ateus, se querem TOLERÂNCIA, sejam tolerantes!
 
Obrigado!
    

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