OS GREGOS ESTÃO COM TUDO!
“Eu
quero Tchu, eu quero Tcha...”, mas o “O jeito é dar uma fugidinha com você”; porque
eu quero é “Créu, créu”. Vai começar os “show das poderosas”, todo mundo
fazendo “quadradinho de 8”... (mais que raio de música que é essa?).
Um
grande mestre e profeta um dia nos disse (vocês com certeza sabem quem é..), “A
boca fala do que o coração está cheio”. Mas cheio de que? Não é preciso ter uma
visão crítica para perceber que o que a sociedade (sem generalizar) está
cantando e fazendo, demonstra claramente o que está em seu coração. Em uma das
reportagens do Profissão Repórter a
um dos bailes funks, do Mr. Catra, lhe fizeram a seguinte pergunta: Por que você canta estas letras com teor
erótico? Ao que ele respondeu: Só
estou cantando aquilo que está no coração do homem. Pergunto, será mesmo
que é isso que está no coração do homem?
Observando
os rumos que está tomando nossa cultura, começo a perceber que estamos fazendo
um retorno aos gregos. Calma! Não vamos falar de política e nem da crise
financeira que está enfrentando a Grécia. Falo um pouco do passado, mas um
passado que parece presente. Vamos nos remeter a pelo menos 300 anos antes de
Cristo, ou seja, a coisa é velha mesmo.
Dos
muitos movimentos filosóficos da antiguidade, o Hedonismo acabou em nossos dias se tornando uma luva para os atores
sociais citados por Mr. Catra. Segundo Aristipo de Cirene e Epicuro, os
principais expoentes desta corrente filosófica, diziam que o bem supremo da
vida é o prazer, ou seja, tudo deve ser feito para suprimir a dor, e logo obter
o prazer.
“Para ele (Aristipo), existia o movimento suave da alma, que seria o que
chamamos de prazer, e o movimento áspero da alma, ou seja, a dor. Aristipo
concluiu que, independente de sua forma e origem, o prazer tem sempre o
objetivo de diminuir a dor, sendo o único caminho para a conquista da
felicidade. O filósofo ainda afirma que o prazer do corpo é o sentido da vida.
Esta ideia é defendida por outros hedonistas clássicos como Teodoro de Cirene e
Hegesias de Cirene”
Seria verdade então, o que os próprios gregos pensavam
acerca do eterno retorno? Ou seja, que tudo se repetiria novamente? Sabemos que
a antiguidade grega-romana foi tão ou talvez até mais promiscua que agora.
Basta olhar para o ritual de adoração a Dionisio/Baco ou para Afrodite etc., o
culto a fertilidade era literalmente um bacanal,
ainda que para época, não tinha a leitura e visão de sociedade que temos hoje,
e isto é importante lembrarmos, senão cometeremos um grosseiro anacronismo.
Tudo bem, os gregos e romanos clássicos já não existem
mais, mas suas práticas ainda que não tenham nenhuma conotação religiosa, estão
extremamente presentes em nossa sociedade. Olhem as letras de “nossas” músicas;
programas de TV, praticamente todos há mulheres seminuas e um forte apelo à
sexualidade; existe um crescimento muito grande, pelo menos nos grandes
centros, de casas especializadas em trocas de casais, swing, onde o cliente faz a configuração sexual que quiser. Essas
práticas sociais confirmam nosso pensamento.
No dia 07 de setembro na (minha) cidade de Primavera do
Leste-MT, no encontro de motoqueiros da cidade, as altas horas da noite, várias
mulheres, que não se sabe a procedência e índole, tiraram a roupa, e desfilaram
peladas nas motos, se insinuando, exibindo seu corpo e sendo tocadas pelos
participantes. A pergunta que não quer calar: Por que tanto homens como
mulheres tem desejo de praticar isso? Por que causa euforia e êxtase, quebrar
as barreiras da moral e bom senso? Enfim, talvez Freud estivesse realmente certo.
Sigmund Freud, médico psicanalista austríaco que viveu no
século passado, defendeu algumas teses das quais, acreditava que o homem na
verdade deseja é se comportar como animal, e viver sem escrúpulos, aflorar sua
sexualidade, mas infelizmente as normas sociais-religiosas estabelecidas o
impedem para tal. Mesmo assim, isso já não é mais impedimento para o homem,
pois, está quebrando os paradigmas
que até então eram considerados “éticos” e bons para a sociedade. Assim, não importam
mais as regras, eles querem é jogar.
O lema de nossos dias é: “Seja feliz, não importa como. Tenha
prazer do jeito que quiser, isto é o importante”. Sabemos que cada um é livre
para fazer o que quiser, embora possa pagar por isso. Mas o que me preocupa é,
aonde chegaremos? Salomão no livro de Eclesiastes 11.9 no trás um conselho,
“Jovem, anda pelo caminho do teu coração e pela vista dos teus olhos, sabe,
porém isto, que todas estas coisas, Deus te trará a juízo”.
“Somos livres por nossas escolhas, mas prisioneiros das
consequências”.
Obrigado!