Respondeu Jesus: “Digo a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Jo 3:5
Nicodemos
o mestre de Israel sabia de tudo, mas ao mesmo tempo não sabia de nada. Ele era
superficial, conhecia as leis, os ritos e preceitos, mas não conhecia o Senhor
face a face. Em um encontro com o Senhor Jesus Cristo, ele é pego em sua
própria estultícia. Nicodemos não sabe o que significa nascer de novo. A
resposta de Jesus a ele causa confusão em sua mente, pois na interpretação de
Nicodemos, como poderia o homem voltar a barriga de sua mãe?
Nicodemos
muito se assemelha as pessoas de nosso tempo. Já ouviram falar de Jesus, citam
os mandamentos, narram as histórias bíblicas, mas ainda assim, desconhecem
verdadeiramente a Cristo e seu Reino. São rasas e superficiais, elas conhecem
Deus apenas de ouvir falar, mas seus olhos nunca virão o mestre, como um dia
bem disse Jó.
Em
clubes, festas, associações etc., a condição para você entrar, e participar é o
seu título, convite, ingresso, e com este você exige o seu direito. Mas no
Reino de Deus é diferente, lá não há preço no mundo que possa ser pago por nós
para entrarmos. A condição proposta por Jesus para entrarmos em seu reino é
somente nascermos novamente, mas dessa vez, da água e do Espírito. Para entrar
no Reino de Deus é necessário arrependermos dos nossos pecados, e vivermos uma
vida pra Ele. O novo nascimento para ingresso no Reino não é promovido pela
água, pois sem arrependimento o batismo se torna somente um banho. Nascer de
novo é muito mais que entrar na água da piscina ou rio, é estabelecer
primeiramente no coração a aliança firmada com Deus, e daí sim, demonstrá-la
publicamente que a partir de então, nascemos de novo.
Jesus
te chama não para tomar banho, mas para deixar que a água da vida inunde seu
coração e alma, causando uma limpeza dos seus pecados, e o transformando em
nova criatura!
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Quem é você? Dedicado a minha esposa Isamaira!
Quem é você?
Alguns te chamam de Maira, Marita, Isamaira, Isa ou ainda
pastora ou missionária, eu porém lhe chamo de Amor!
Quem é você? Você é uma mulher corajosa e convicta! Abriu
mão da possibilidade de ser mais uma médica da família como seu irmão, primos e
tios, para se formar em teologia de modo interno em um seminário. Hoje você é
uma médica da alma, não psiquiatra, mas além deles, os psiquiatras são capazes
de descobrir causas e seus possíveis efeitos, medicar, mas não preparar para a
eternidade. Você sim, de modo corajoso escolheu a melhor parte, e essa não será
tirada. Quando as cortinas se fecharem e quando nos encontrarmos com nosso
Senhor, suas mãos estarão cheias de frutos para apresentar ao nosso Deus.
Quem é você? Uma ótima mãe! Cuida das nossas filhas com
excelência, e que aliás, agora são três. Seu zelo como mãe, seu carinho e
cuidado demonstrado a nossas filhas me impressiona, e nos torna uma família
feliz!
Quem é você? Uma pessoa espontânea! Sua alegria contagia,
onde você está a festa é certa. Nossas palestras para casamento não teriam o
mesmo brilho se você não estivesse. Meu ministério seria incompleto se você não
me auxiliasse. Seu jeito sanguíneo é que completa meu jeito melancólico de
temperamento. Continue a contagiar nossas vidas. Quando você está em silêncio e
não está sorrindo, é um sinal de algo não vai bem, por isso sorria, é assim que
você é, alegre e feliz!
Quem é você? Você é tudo que eu preciso, nem mais, nem
menos! Dia 27/12 deste ano faremos 10 anos juntos, e tenho a plena certeza que
o que Deus fez, faz e continuará fazendo em nossa vidas é maravilhoso. Sou
grato a Deus por cada benção e detalhe em nossas vidas. Nosso casamento é
semelhante ao vinho, quanto mais tempo passa, melhor fica.
Quem é você? Você é o que Deus desejou que você fosse,
assim como você, independente de títulos ou da avaliação de quem quer que seja.
Você é tudo isso, mas como já ficou grande o texto, lhe falarei mais
pessoalmente!
Feliz aniversário!
Te amo pra sempre até a
eternidade!
quinta-feira, 26 de julho de 2018
A Banalização do uso do termo “Profético”!
De tempos em tempos os
modismos se renovam, e no meio cristão evangélico não é diferente. Alguém um
dia disse que “Os alemães inventaram a teologia, os americanos estragaram, e os
brasileiros comeram” (autor desconhecido). A grande parte dos modismos ou movimentos
que se encontram em solo tupiniquim são importados. Nós temos a tendência de
copiar a patifaria do besteirol gospel que tanto faz mal ao evangelho, pelo
simples anseio de crescer numericamente, mas esquecemos que nem sempre
quantidade é qualidade.
É impressionante o fetiche que o neopentecostalismo tem
pelo mágico e pelo místico. A produção de um suposto ambiente “espiritualizado”
se tornou a especialidade desse movimento. Para tanto, o que se julga
“espiritual” precisa ser customizado para atingir os seus devidos fins. Mas
para não falarmos de tantos adereços que compõem o culto neopentecostal, vamos
pensar somente na banalização que se tem feito, do uso do termo profético.
Tudo que precisa parecer espiritual leva o nome de
profético, ou seja, o termo é como fosse um tipo de ISO9001 “celestial”, onde
como um carimbo mágico e místico, valida como fidedigno, fiel e bíblico, aquilo
que é produção meramente humana.
O
culto é profético, a dança é profética, o clamor é profético, adoração
profética, ativação profética (o que é isso?), alinhamento profético, ato
patético, ops, profético, e por aí vai. Acrescenta-se ao final de qualquer
coisa o termo profético, pronto, aí está algo “espiritual”, #SQN (só que não).
Mas o leitor pode prontamente perguntar, mas no Antigo
Testamento não havia a ação profética? Sim, todos aqueles que eram vocacionados
por Deus para exercer o oficio Profético eram encarregados para profetizar, o
que não tem nada a ver com o Novo Testamento, lembrando que João Batista foi o
último dos profetas do A.T., “A Lei e os
Profetas profetizaram até João. Desse tempo em diante estão sendo pregadas as
boas-novas do Reino de Deus..” Lc.16.16.
Outro detalhe que precisa ser lembrado, é que dom de
profecia, não tem a ver com o oficio profético veterotestamentário. No N.T, foi
dado dons aos homens, e um deles é o dom de profetizar. Logo ministério
profético é uma coisa, e dom de profecia ou profetizar é outra totalmente
diferente.
Talvez a única passagem que encontramos o uso do termo é
na Versão NVI, em 2Rs. 2.9 “Depois de
atravessar, Elias disse a Eliseu: “O que posso fazer em seu favor antes que eu
seja levado para longe de você?” Respondeu Eliseu: “Faze de mim o principal
herdeiro de teu espírito profético”, no Hebraico literal: Dá-me porção
dupla do teu espírito.
E
também na King James em, 1Sm. 19.21, “Logo
Saul foi informado do que ocorrera, e apressou-se em mandar outros mensageiros,
os quais, da mesma maneira, entraram em êxtase. Em seguida, Saul mandou um
terceiro grupo, e também estes foram tomados por aquele transe profético”.
As demais traduções como NVI, ARC, ARA, NTLH traduzem por profetizavam ou
apenas transe, não incluindo o termo profético.
Enfim,
o que quero levar o leitor a pensar, é que a apropriação do termo profético no
culto cristão é Anacrônico, e
descabido de contexto. E o pior de tudo, é usá-lo como Merchandising:
“é uma ferramenta de Marketing, formada pelo
conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos
produtos no ponto de venda, de maneira tal que acelere sua rotatividade”.
A
distinção que se faz de cultos cristãos e cultos cristãos, é que alguns precisam
incitar o mágico e místico para o consumidor final, diga-se de passagem -
alguém que é fascinado pelo oculto – para que a lei da oferta e procura cumpra
seu papel, também no ambiente Cristão.
Já
Percebeu que nem Cristo, nem qualquer dos apóstolos tentaram espiritualizar o
evangelho? No momento mais singular e importante do N.T., em atos 2, quando da
descida do Espírito Santo, Pedro apenas faz a seguinte citação: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel”.
At. 2.16, e logo passa expor-lhes as escrituras para que mostrar que ela se
cumpre em Cristo.
Duas
coisas podem acontecem diante desse suposto momento e cenário “profético”.
Primeiro, podemos assistir a bestialização dos que se imergiram de tal forma
nesse dito ambiente profético, que não consiga distinguir mais o que é o real e
simples, corriqueiro e cotidiano. O culto sem pirotecnia, da palavra pela
palavra, pode perder a sua “graça”.
Segundo,
pode haver um enjoo, repulsa, entojo, asco, aversão, e desta forma um desejo
por algo mais sólido e concreto, por algo mais simples e menos
“espiritualizado”. E desta forma, um retorno a palavra, consequentemente sem
qualquer adereço de pseudo espiritualidade, e que aliás, está havendo uma migração
de pessoas dos badalados “cultos proféticos”, em busca de palavra e consistência
bíblica.
Me
preocupo seriamente com a banalização da espiritualidade, de vermos cada vez
mais espiritualidade sem o Espírito. Não se engane, o evangelho é simples, os
homens é que complicam ele!
Obrigado!
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Cruz Credo!
Eu hein, cruz credo. Credo
em cruz, cruzes. Quem nunca ouviu essas expressões relacionadas a cruz? Quem
usa essas expressões coloquiais ou “gírias”, geralmente as relaciona a uma
espécie de repulsa, ou ainda como um amuleto ou palavra de proteção.
Segundo
o tio Google, “Cruz credo é uma
expressão de interjeição utilizada para expressar medo, repugnância ou nojo de
algo ou alguma coisa. Originada a partir da cultura e princípios cristãos e,
principalmente, católicos, a expressão “cruz credo” pode ser interpretada
literalmente como “creio na cruz”.
A
interpretação literal é bem mais atrativa, do que quando a usamos no seu
sentido simples e corriqueiro. Quando eu digo Cruz Credo, eu estou afirmando
que não só creio na cruz, mas também entendo o seu significado.
Cruz
credo, então quer dizer que Jesus teve que morrer para nos salvar, nos
libertando do pecado e da condenação eterna? Sim. O profeta Isaías nos diz: “Mas ele foi transpassado por causa das
nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo
que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Todos
nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu
próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. Ele
foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi
levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica
calada, ele não abriu a sua boca”. Isaías 53:5-7
Cruz
credo, Jesus morreu em uma cruz, uma espécie de pena de morte para seu tempo?
Isso mesmo, era necessário que as escrituras fossem cumpridas a risca, Atos
13,29 nos diz: “Tendo cumprido tudo o que
estava escrito a respeito dele, tiraram-no do madeiro e o colocaram num sepulcro”.
Por causa de nossa maldição, Cristo se torna maldito em nosso lugar, “Cristo nos redimiu da maldição da lei quando
se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele
que for pendurado num madeiro". Gálatas 3:13
Cruz
credo, quanta humilhação, dor e sofrimento. Quanto desprezo, frieza e
insensibilidade. Me falta palavras para descrever o que o Senhor Jesus sentiu, suportando
toda dor do mundo por amor a humanidade.
Cruz
credo, eu não faria isso de jeito nenhum, eu não daria nenhum de meus filhos
nem para morrer por uma pessoa, mas por que o pai fez isso? Por que enviou seu
filho para sofrer, morrer e ainda em uma humilhante morte de Cruz? O pai fez
isso porque nos amou.
A
cruz foi a maior demonstração de amor da história da humanidade, um sacrifício
perfeito, a altura do pai, um sacrifício eficiente e suficiente, um sacrifício
que agradou-o, não porque Ele era mal e desejaria ver seu filho sofrer, mas
justamente o oposto, a dor do seu filho resultou no alivio e cura de seu povo,
a ira derramada em cima de seu Cristo, foi convertida em amor.
O
amor de Cristo foi demonstrado no momento que ele poderia pedir vingança e
morte de seus algozes, mas Ele citou uma das frases mais bonitas da bíblia
sagrada, “Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem”. Lucas 23.24
Cruz
credo, que história hein, ela terminou aqui? Não, aqui apenas começou, quando o
povo de Israel estavam dispersos, desanimados e desesperados pela morte de seu
mestre, ao terceiro dia ele ressuscitou, Ele venceu a própria morte, e está a
direita de Deus pai.
Jesus
venceu a cruz, venceu a maldição, tornando-a em benção. Tornando-nos filhos
amados, justificados, regenerados e transformados por sua graça. Um objeto
grande e pesado usado para a pena de morte na antiguidade, trouxe mudanças sem
precedentes, não só na história, mas no Reino Espiritual de Cristo Jesus sobre
a terra, e sobre seus súditos.
Agora
você já pode dizer cruz credo, pois quando assim dizer, você estará afirmando
com toda convicção, EU CREIO NA CRUZ! E não só creio, mas AMO A MENSAGEM DA
CRUZ, e por isso até morrer nós a vamos proclamar, levaremos também nossa cruz,
até que por uma coroa, nós possamos trocar!
Jean
Carlos
quarta-feira, 20 de junho de 2018
O Consciência Teológica tem a satisfação de disponibilizar a você uma coletânea de textos alusivos ao Dia do Pastor. Os textos foram publicados na página do Consciência Teológica e editado em formato de PDF para facilitar a leitura.
SEU PASTOR CHOROU: E TALVEZ VOCÊ POSSA SER A CAUSA!
Não existe vocação mais encarnada do que a do
pastor. Com encarnada quero dizer que a vocação pastoral é que mais se vive na
pele, na carne, os dramas e dilemas da vida. Mesmo sabendo que outras vocações
como médico, professor, juiz etc., também vivem e lidam com essas crises, a
vocação pastoral vai além, pois as vocações que citei trabalham com o indivíduo
aqui, a pastoral além daqui, o pastor é aquele que trabalha, prepara e
direciona para além da morte, para a eternidade com Cristo.
Por
ser uma vocação encarnada, um pastor sério, fiel e bíblico muitas vezes sofre e
chora, não por ser piegas (em que há um apelo excessivo à comoção,
sentimentalismo), não por ser vítima do ministério, e nem mesmo porque é humano
sujeito a emoções, mas porque quem vive a vocação pastoral a vive em seu estado
pleno e íntegro.
O
Senhor Jesus Cristo o próprio verbo de Deus, a palavra e vida encarnada, viveu
também de forma intensa os dilemas da humanidade decaída e corrompida pelo
pecado. Jesus como Deus homem também sofreu, sentiu fome e sede, dores, sono,
angustias e qualquer outro sintoma próprio do corpo humano, e um dos mais
interessantes foi que Jesus chorou. Não muitas vezes como nos relatam as
escrituras, uma pela morte de seu amigo Lázaro, outra por perceber a
incredulidade do seu povo e país, em Lucas 19:41-44:
“Quando se
aproximou de Jerusalém e viu a cidade, Jesus chorou sobre elae disse: "Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que
traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos. Virão dias em que os
seus inimigos construirão trincheiras contra você, e a rodearão e a cercarão de
todos os lados.Também a lançarão por
terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não
reconheceu o tempo em que Deus a visitaria".
O autor aos Hebreus também nos diz no capítulo 5, verso 7: “Durante
os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e
com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua
reverente submissão”. Jesus chora porque era plenamente humano, portanto era
dotado de emoções como no casa da morte de seu amigo. Jesus chora por sentir na
pele, na sua carne, sua vocação e ministério em submissão ao pai.
É óbvio que não vou comparar nenhum pastor com Jesus, nem Paulo
pode ser comparado, Ele o Cristo foi excelente, e nós uma tentativa de cópia.
Mas o que está claro é que os pastores submissos a Cristo, também choram por
encarnar o ministério pastoral. Choram por muitas vezes verem seus esforços
darem em nada. Choram quando caminham, ensinam, gastam tempo e cuidado ao lado
de uma ovelha, e no final descobrem que não era ovelha, mas um bode. Choram
quando tem a sensação que depois de duas horas de aconselhamento, a ovelha ouvirá
a sua voz, mas ele percebe que suas palavras entraram em um ouvido e saíram no
outro. Pastores choram quando acreditam que ensinaram as bases da fé cristã, os
princípios bíblicos de culto, ética e doutrinas, mas eles descobrem que a
ovelha não aprendeu absolutamente nada, e muitas vezes ao contrário.Pastores choram quando a ovelha simplesmente
decide buscar outro “pasto” mais verde, sem mesmo lhe dizer obrigado.
Pastores choram, mas choram sozinhos (não nas redes sociais), mas
aos pés da cruz, diante daquele que também chorou, diante daquele que primeiro
amou, que primeiro se doou. Assim como Cristo não desistiu, pastores que choram
também não desistem, pois não só choram de dor, também choram de alegria ao ver
o evangelho transformando e salvando vidas.
Se você conhecer um pastor que chora por causa disso, valorize-o,
ame-o, cuide-o, pois seu pastor já chorou, e talvez você possa ser a causa!
quarta-feira, 28 de março de 2018
Meu pastor virou um modinha!
Sinceramente não sei o que
está acontecendo com o meu pastor! Ele não era, e nunca foi assim. Ele já tem
uns bons anos de ministério, e desde que o conheço, sempre vi nele uma figura
de referência, um homem de Deus, piedoso e de boas obras. Ele visitava suas
ovelhas, era modesto e levava uma vida comum como de qualquer irmão. Formado no
seminário, era amante das escrituras e da exposição bíblica, dos estudos da
palavra e do pastoreio simples. O que quero dizer com simples, era o que
conhecíamos, no sentido mais comum no que se refere ao ministério pastoral.
Meu pastor se “contentava” com a palavra como ela é, sem
mais nenhum ingrediente, era apaixonado pela teologia reformada, era dedicado
aos estudos e a oração, mas ultimamente não sei o que está acontecendo com ele.
Ele mudou da água para o vinho, seus discursos não são
mais os mesmos, e tudo o que um dia o vimos defendendo, agora é contra, e tudo
que era contra agora é a favor. Meu Deus, o que aconteceu com esse servo de
Deus?
Talvez a explicação mais óbvia seja a influência da
mídia. O advento da mídia trouxeram coisas boas e ruins ao mesmo tempo. Boas
porque estamos ligados a uma espécie de “aldeia global”, onde todos estão
interligados e desta forma, as informações mundiais quase que nos chegam em
tempo real. A globalização nos aproximou de povos, culturas e nações, e nos
permitiu nos relacionarmos com as mesmas. Mas aqui talvez esteja o grande
problema, a mídia global também nos apresentou os modos de ser e viver de
outras culturas, e dessa forma, o “novo” se tornou extremamente atrativo e
tentador, e na questão religiosa e eclesiástica se aplica o mesmo.
Me parece que talvez tenha sido essa influência que fez
meu pastor mudar tanto. Por exemplo, quando o Benny Hinn veio ao Brasil
trazendo a “nova” benção, ou a unção do cai cai, meu pastor ficou tão empolgado
que começou a querer derrubar os irmãos, passando o seu paletó, assim como
fazia o Benny Hinn. Paralelo a isso, na Colômbia o pastor César Castellanos
começou a propagar o método mais conhecido como G12, e adivinha? Meu pastor
entrou de malas e cuias! E se não bastasse ele mudar tanto os seus princípios,
agora ele está deslumbrando com um suposto movimento apostólico que segundo os
defensores “recomeçou” a “era apostólica”. Ora pastor, o senhor sempre ensinou
que o período apostólico era da igreja primitiva, mas agora o senhor está nos
dizendo que a partir da década de 90 e 2000 é o período apostólico? Olha,
realmente não estamos te entendendo mais.
Assim que o movimento G12 começou a sair da moda, outros
movimentos apareceram, como o G5, M12, e também o Judaísmo Messiânico. Esse
último parece que foi a última pá de cal, pois meu pastor sempre nos ensinou,
principalmente na EBD que os rituais do Antigo Testamento foram cumpridos em
Cristo, e a igreja agora não precisava observar nem as festas ou rituais
judaicos, mas ele agora está fazendo justamente o contrário, é bandeira de
Israel pra todo lado, shofar, castiçais, festas judaicas e talit. A minha
dúvida é, será que ele vai querer circuncidar-se também? Ora pois.
Me parece que a cada novidade, meu pastor
estava tentando, atirando pra todos os lados, me lembro que até as orações que
o Marco Feliciano fazia, ele chegou a copiar, “se tenho crédito contigo no céu”....
dá pra acreditar? A lista é grande, até dos pastores gringos ele tentou copiar
alguma coisa, mas vou resumir pra não ficar cansativa essa história.
No
meio de toda essa mistura teológica, outro movimento ganhou força e se tornou
muito cobiçado, o MDA. Agora pensa a salada, meu pastor se dizia reformado por
muitos anos, passou pro G12, dele foi para o “movimento apostólico”, “unções esquisitas”,
“judaísmo messiânico”, e agora está no MDA. Meu Deus pastor, o que está
acontecendo com o senhor? O senhor disse que o G12 era a “visão” de Deus para
os últimos dias da igreja, disse que agora sim o senhor conheceu Jesus, e de
repente o senhor abandona o G12 e entra no MDA? Onde o senhor quer chegar?
Estamos confusos!
O ministério pastoral do meu pastor mudou radicalmente,
não só na teologia, que agora ele é claramente um neopentecostal, mas na sua
forma de ser também. Começou a usar uns termos que antes não se via em seu
vocabulário, um dos jargões mais preferidos dele agora é o uso do termo
profético, ele adiciona essa palavra a tudo, tudo agora é profético, se tornou
como algo mágico, algo místico, dizer que é profético parece que ganha validade
espiritual. Os termos não param por aí, é “tremendo”, vai ser “power”, é “forte”,
“chamo a existência”, eu “determino”, eu “declaro”, eu “libero” ou vou
“liberar” a benção”, “meus discípulos”, etc.
Infelizmente meu pastor mudou, só ele não percebeu. Ele
já não é mais acessível, antes estava disponível sempre, sempre tomávamos
tereré juntos, mas agora pra encontrá-lo só por meio da sua secretária. Ele
chegava antes de todos no culto, ele que abria a igreja, agora ele só chega
depois que o louvor começou. Ele era bem modesto e reservado, agora a mídia é a
maior parceira do seu ministério, seu nome está em todos os lugares. Ele já não
é um homem do povo, já não tem mais cheiro de ovelha, já não frequente pequenas
reuniões, pequenos públicos não o agradam mais.
Certo dia tentei dizer a ele que ele havia mudado como eu
disse acima, da água pro vinho, mas quando comecei falar, ele me interrompeu
dizendo que eu era arcaico, tradicional, frio e que a letra estava me matando.
Mas eu disse a ele que ele mesmo nos havia ensinado a ser desta forma, e por
que mudou agora? Ele disse que os tempos mudaram, a igreja é outra e que
deveríamos nos adequar aos novos tempos e modelos. Mas ainda assim não me
convenceu, continuei a lembrá-lo de suas exposições bíblicas, suas convicções
teológicas e então ele me disse que eu não estava pronto para entender a
“visão”, e se caso eu não me adequasse a esse novo modelo de igreja e ministério,
eu poderia procurar outra igreja.
Não acreditei quando ouvi isso. Como uma pessoa pode sair
de um extremo ao outro? Já não nos havia advertido o apóstolo Paulo em Efésios
4.14 “O propósito é que não sejamos mais
como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e
para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que
induzem ao erro”.
Depois de tudo isso, com tamanha influência da mídia e os
novos modelos eclesiásticos, descobri que meu pastor virou um modinha! Quanta
saudades temos de quando ele era um pastor simples, e centrado na palavra!
Pastor,
volte a suas raízes, volte ao primeiro amor, suas ovelhas estão confusas. “Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei,
e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Ap. 2:5
Atenção:
Qualquer semelhança desse desabafo com a realidade, é mera coincidência!
Obrigado!
quarta-feira, 14 de março de 2018
O líder Miojo!
O líder miojo é aquele que em 3 minutos já está pronto!
Essa frase é a que melhor sintetiza a inclusão de crentes
neófitos a uma liderança, seja ela qual for. O irmão(a) “acabou” de se
converter e já recebe oportunidade para liderar. Ele está animado, empolgado,
no calor do primeiro amor, e seus superiores acreditam que isso é o que
importa, isso é o suficiente para que o novato exerça liderança.
A maior causa do nascimento do líder miojo, é o líder
(superior) sem critérios, sem bases, sem cautela. Esses muitas vezes acreditam
que dar uma liderança, ou como comumente é chamado, o famoso “cargo”, segurará
o novo crente na igreja. Um cargo para o empresário, para o famoso, para o
influente será a melhor isca para segurá-lo na igreja. Infelizmente a ascensão
do líder miojo se dá na maioria dos casos, nas classes sociais que acabo de
citar. E não vemos o mesmo com os pobres, estes precisam ser provados,
testados, e treinados para então, após isso receber uma liderança, e se
receber.
O irmão pobre está a tempos sonhando em de alguma forma
servir na igreja, ou até mesmo liderar, mas ele não tem oportunidade. Daí se
converte um famoso, o prefeito da cidade, o médico etc, esses automaticamente
são elevados aos postos de liderança, enquanto o irmão pobre fica a mercê. Esse
tipo de atitude demonstra claramente que os lideres superiores nesse caso, são
lobos interesseiros, parciais e injustos. O mesmo se dá com alguém que já é
líder miojo quando sai da igreja, ele chega e já sobe direto pro altar da nova
igreja. Você já viu isso, ou estou exagerando?
Quem não viu no Brasil o Rener que fazia dupla com o Rick
& Rener? Ele anunciou que se converteu em um dia, e no mesmo já publicou
que agora cantaria música “gospel”. A lista é grande, o Naldo disse que havia
se convertido e iria cantar música gospel, esse graças a Deus não cantou rs... Há
tantos outros pela sua influência, fama ou poder aquisitivo pegam o bonde
andando e já sentam na janela, esses são os famosos lideres miojo, apenas três
minutos e já estão prontos.
A palavra do Senhor nos diz, que o Senhor Jesus chama os
seus doze discípulos e anda, vive, treina, ensina, aconselha por pelo menos
três anos e meio, e ao final desse maravilhoso curso intensivo de Jesus,
percebemos que muitos ainda não estavam realmente prontos.
Os apóstolos em Atos 6 precisam resolver o problema da
distribuição diária das viúvas (uma espécie de assistência social), eles sabem
que não poderiam tomar mais esse encargo, então eles escolhem a dedo, 7 homens
para essa liderança, “Por isso, irmãos,
escolham entre vocês sete homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de
sabedoria, e nós entregaremos esse serviço a eles” At. 6.3. Havia
critérios, havia bases e requisitos básicos para se tornar líder, não era para
quem queria, era para quem se encaixava no perfil proposto pelos apóstolos.
O Apóstolo Paulo se converte em Atos 9, vai
pra casa de Judas, e Ananias ora por ele para que recuperasse a visão. Paulo é
batizado, fica alguns dias em Damasco, e no verso 20 diz que Paulo pregava a
Jesus, “E começou
imediatamente a anunciar Jesus nas sinagogas, dizendo: — Jesus é o Filho
de Deus”. O leitor
prontamente será induzido a pensar que Paulo “acabou” de se converter e já saiu
pregando o Evangelho. Entendemos que entre o versículo 19 e 20 de Atos 9, há
pelo menos um espaço de 3 anos, onde o próprio apóstolo responde em Gálatas
1.17-18, “Tampouco subi a Jerusalém para
ver os que já eram apóstolos antes de mim, mas de imediato parti para a Arábia
e voltei outra vez a Damasco. Depois de três anos, subi a Jerusalém para
conhecer Pedro pessoalmente e estive com ele quinze dias”. Ora, se o
Apóstolo Paulo quisesse, esse já tinha Know How para tal, pois o mesmo se excedia
em muito no Judaísmo, ele já tinha um conhecimento admirável, mas não quis, ele
entendia que era melhor se preparar primeiro, para depois se dedicar a tão
nobre missão.
O que quero deixar claro, não é que
quem acabou de se converter, não possa falar daquilo que Jesus fez em sua vida.
O que está em pauta aqui, é a liderança. Neófitos (novos convertidos), não
podem liderar, senão será um cego, guiando outro cego. Paulo diz sobre os requisitos
de um bispo, você pode ler desde o primeiro versículo, mas ele cita nossa
afirmação no verso 6, “Não pode ser
recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que
caiu o Diabo” 1Tm. 3.6.
Independentemente da posição social
que a pessoa ocupa, ela deve ser discipulada, preparada, treinada, habilitada,
capacitada, experimentada, para depois assumir algum tipo de liderança.
Precisamos preparar aqueles que desejam servir a noiva de Cristo, e não mais
formarmos líderes miojo, pois um líder não se forma em 3 minutos, quiçá, 3
anos...
Obrigado!
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Mas Deus redimirá a minha vida da sepultura e me levará para si. Sl 49:15
Quem nunca pensou na morte? Quem nunca se preocupou com
ela? Há quem diga que a morte é a única fila em que todos querem ficar por
último. A morte também foi um tema de discussões, preocupações e anseios dos
salmistas. Ao longo dos cento e cinquenta salmos, sempre vemos esse assunto
aparecer, não como algo a ser evitado como muitas vezes falamos, “morte? Não
quero nem pensar nisso, vamos mudar de assunto?”
Os salmistas falavam e pensavam na morte, não como algo
de todo ruim, mas como esperança do mundo vindouro. Morrer não era somente
deixar família, bens ou sonhos, tinha um significado maior e especial para os
que criam fielmente em Deus. Morrer para os salmistas não era simplesmente o
fim, mas o início de uma nova vida, mas agora para sempre com Deus.
A esperança nutrida pelos salmistas deve ser nossa
esperança, que mesmo na morte eles aguardavam pela intervenção de Deus. A
sepultura não nos separará de Deus, pelo contrário, Ele nos levará para si.
Quando descobrimos e cremos nisso, nossa vida ganha sentido, pois não viveremos
apenas para essa vida, apenas para o deleite nessa terra. Nossa história
ganhará mais um capítulo, mas desta vez sem lágrimas, sem dor, sem sofrimento
ou quaisquer sentimentos que aflijam nosso coração. Para nós que cremos em Deus
significa apenas uma etapa cumprida em nossa existência, para nos eternizarmos
juntamente com o pai, para nunca mais ficarmos longe Dele.
A morte para o cristão não é um problema, mas a solução e
fim de toda dor. Esperamos ansiosamente pelo dia que estaremos para sempre com
Ele, isto é, no tempo Dele, logo não queira adiantar isso.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Quando um pastor se mata, é porque ele já morreu há muito tempo!
Esses dias foi noticiado
mais um suicídio de Pastor, desta vez no interior de MG. Só os que eu sei, do
final do ano pra cá, quatro pastores e duas pastoras tiraram suas vidas. Talvez
haja mais casos, talvez seja o sei lá o que, e por que esses casos tão pertos uns
dos outros, tanto no tempo quanto no espaço.
Esse texto não será mais um “textão” para falar mais do
mesmo, para achar culpados ou inocentes, para perguntar se quem se suicida vai
pro céu ou inferno, ou porque quem tira a vida é covarde etc..
Quero falar dos líderes que morrem em vida, que morrem no
pleno exercício da sua função. Morreram não fisicamente, mas morreram seus
sonhos, seus projetos, seu ânimo. Por que alguns líderes depois de servirem
tanto tempo, depois de tantas conquistas e sonhos, acabam morrendo
ministerialmente? O que está matando os pastores(as) em vida?
Eu gostaria de ter as respostas, mas não as tenho.
Gostaria de ter uma palavra para aqueles que estão morrendo em seus púlpitos,
gostaria de motivar os líderes que desistiram dos seus liderados. Eu queria
poder explicar quando me perguntam, “mas ele não era pastor? Então por que se
matou”?
Eu imagino, que quando um líder se mata, é porque ele já
morreu há muito tempo, mas nem sempre os sinais são percebidos. Um dos
primeiros sinais de um líder que morreu ministerialmente é a desmotivação.
Perde o ânimo, perde a graça, a alegria, a paixão de servir. A desmotivação é
tão grande que ele não sente mais vontade de ir aos cultos, de visitar as
ovelhas, de preparar um sermão, de manter uma vida devocional. Ele vê a igreja
como uma obrigação, o culto se tornou um fardo pra ele, não se empolga mais em
fazer o que amava mais fazer.
Outro sinal de que o líder morreu ministerialmente, é que
ele deixa de sonhar. Ele já não tem mais objetivos, metas, planos. Tanto faz
como está, ele empurrará com a barriga o que ele está fazendo. Não se preocupa
mais em atingir os objetivos lançados no início ou meio do ministério, pra ele
agora tanto faz, como está tá bom, até porque, mudar dá trabalho.
Um líder morto ministerialmente está decepcionado com as
pessoas. Ele não acredita mais que vale a pena servir, investir tempo e vida na
vida, pois pessoas dão trabalho, pessoas frustram, pessoas são ingratas. De
fato, como Moisés disse ao Senhor, “Esse povo é de dura cerviz”, mas toda
generalização é perigosa, e injusta. Nem todos decepcionarão o líder, sempre
haverá um remanescente fiel que permanecerá ao lado dele.
Mais um sinal de que um líder morreu ministerialmente, é
que ele se torna cético a respeito de tudo. Ele agora tem dúvidas do seu
chamado, dúvidas do que viveu com Cristo, dúvidas quanto a sua instituição,
dúvidas inclusive a respeito do próprio Deus. Um líder cético até prega, ora,
ministra os sacramentos, mas no fundo, não sabe se acredita em tudo isso.
Os problemas que os líderes enfrentam no ministério são
comuns a todos. Poucos recursos, nem sempre mão de obra, crises de fé, crises
institucionais etc. Todos os líderes passam e passarão até morrer por
dificuldades e provações, mas o que ele não pode fazer, é se entregar e morrer
ministerialmente. Se você está perto de um líder que demonstra esses sinais,
você deve urgentemente tentar ajudá-lo. Orar por ele, procurar a família, os
superiores do ministério etc. Não deixe seu líder morrer ao seu lado.
Mas se você é o líder que está passando por isso, saiba
que não está sozinho, há muitos que estão nessa condição. A diferença é que uns
estão se entregando, chegando a tirar sua própria vida, e outros tentam lutar.
Tome
coragem e procure ajuda imediatamente. Diga que você não é um super pastor(a),
expresse seus sentimentos e frustrações a alguém, a esposa, amigo, superior
etc. Seja sincero com Deus, rasgue sua alma diante Dele, e diga que você está
morto ministerialmente. Peça uma licença, e se possível, viaje, faça
exercícios. Procure um pastor(a) mais velho e peça conselhos. O desejo de Deus
aos seus pastores(as) é que no final de seus ministérios, possam falar como o
Apóstolo Paulo, “Combati o bom combate, terminei a carreira e guardei a fé”.
"Quando chegar a hora de morrer, certifique-se que
tudo que você tem a fazer é morrer." – Jim Elliot
Obrigado!
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
São como ovelhas desgarradas, porém elas tem Pastor!
“Ao ver as
multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como
ovelhas sem pastor”. Mateus 9:36
Essa passagem de Mateus narra o sentimento do nosso Senhor
Jesus ao ver as multidões que estavam perdidas, sem sonhos, e como o próprio
texto diz, aflitas e desamparadas. O
Coração de Jesus se compadece das multidões que precisam de orientações e
refúgio para suas almas.
Várias
passagem narram o povo como ovelhas, para citar somente alguns textos, “As minhas ovelhas vaguearam por todos os
montes e por todas as altas colinas. Elas foram dispersas por toda a terra, e
ninguém se preocupou com elas nem as procurou”. Ezequiel 34:6; ou ainda, “Andei vagando como ovelha perdida; vem em
busca do teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos”. Salmos 119:176;
e o um dos mais clássicos, "Qual de
vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove
no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?” Lucas 15:4.
Não há figura melhor em relação aos membros e pastores,
que a do Pastor e Ovelha. O pastor é o que cuida, que da direção, alimento e
água fresca, que encaminha a ovelha para as verdes pastagens e a livra do mal.
O pastor é o que como diz Lucas 15.4, deixa todas no campo e vai atrás de
apenas de uma, pois todas são importantes. O pastor é que dá segurança e
proteção as ovelhas, “Mesmo quando eu
andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás
comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem”. Salmos 23:4.
Se a ovelha merece todo esse cuidado, por que tem tantas
ovelhas perdidas hoje? Por que existem tantas sem direção? Por que tantas estão
aflitas e desamparadas? Ao contrário dos tempos de Jesus que as ovelhas não
tinham pastores, as ovelhas do nosso tempo tem, e o ponto comum é que estão
desgarradas. São como ovelhas desgarradas, porém elas tem Pastor!
Nunca
vi um tempo tão sem referência como o nosso. Nunca vi tanta ovelha perdida e
sem rumo. Nunca vi tanta ovelha aflita, com fome e sede (da palavra), com medo
e sendo atacadas por lobos vorazes. A falta de referência de muitos pastores de
hoje deixam suas ovelhas confusas, em crises, com vontade de desistir, deixar
seu pasto verdejante (na maioria é seco mesmo), e pastor.
A
confusão e crise de identidade que as ovelhas estão passando, fazem elas pensarem
que mudar o local do pasto vai melhorar. A ovelha dorme Presbiteriana, acorda
Assembleiana; dorme Batista acorda na Comunidade; dorme na Congregação Cristã e
acorda Adventista. Imaginam que ir em busca de um pasto mais “verde” será a
melhor saída, mas esquecem que nem sempre o pasto (grama) do vizinho é mais
verde.
Jesus
nos diz em João 10.11 "Eu sou o
bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. Estamos precisando
urgentemente de pastores segundo o coração de Deus, pastores que amam as
ovelhas do supremo Pastor, pastores que sirvam o rebanho porque Jesus nos
ensinou a servir, pastores como diz Pedro, “Pastoreiem
o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação,
mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o
desejo de servir”. 1 Pedro 5:2.
As
ovelhas estão sem rumo por que muitos dos seus pastores também estão, estão sem
referência porque aos seus pastores também faltam referências, estão
desgarradas por que seus pastores se desgarraram de Jesus. Deus faz um alerta
aos pastores desgarrados, “Filho do
homem, profetize contra os pastores de Israel; profetize e diga-lhes: ‘Assim
diz o Soberano Senhor: Ai dos pastores de Israel que só cuidam de si mesmos!
Acaso os pastores não deveriam cuidar do rebanho?” Ezequiel 34:2.
A
esperança das ovelhas desgarradas que tem pastores está também em Ezequiel, "Porque assim diz o Soberano Senhor: Eu
mesmo buscarei as minhas ovelhas e delas cuidarei”. Ezequiel 34:11.
Senhor Deus, em Cristo Jesus, cuide de suas ovelhas elas estão desgarradas,
porém elas tem pastor!