terça-feira, 20 de novembro de 2018

Para nascer, é necessário morrer!


Respondeu Jesus: “Digo a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Jo 3:5


Nicodemos o mestre de Israel sabia de tudo, mas ao mesmo tempo não sabia de nada. Ele era superficial, conhecia as leis, os ritos e preceitos, mas não conhecia o Senhor face a face. Em um encontro com o Senhor Jesus Cristo, ele é pego em sua própria estultícia. Nicodemos não sabe o que significa nascer de novo. A resposta de Jesus a ele causa confusão em sua mente, pois na interpretação de Nicodemos, como poderia o homem voltar a barriga de sua mãe?
Nicodemos muito se assemelha as pessoas de nosso tempo. Já ouviram falar de Jesus, citam os mandamentos, narram as histórias bíblicas, mas ainda assim, desconhecem verdadeiramente a Cristo e seu Reino. São rasas e superficiais, elas conhecem Deus apenas de ouvir falar, mas seus olhos nunca virão o mestre, como um dia bem disse Jó.
Em clubes, festas, associações etc., a condição para você entrar, e participar é o seu título, convite, ingresso, e com este você exige o seu direito. Mas no Reino de Deus é diferente, lá não há preço no mundo que possa ser pago por nós para entrarmos. A condição proposta por Jesus para entrarmos em seu reino é somente nascermos novamente, mas dessa vez, da água e do Espírito. Para entrar no Reino de Deus é necessário arrependermos dos nossos pecados, e vivermos uma vida pra Ele. O novo nascimento para ingresso no Reino não é promovido pela água, pois sem arrependimento o batismo se torna somente um banho. Nascer de novo é muito mais que entrar na água da piscina ou rio, é estabelecer primeiramente no coração a aliança firmada com Deus, e daí sim, demonstrá-la publicamente que a partir de então, nascemos de novo.
Jesus te chama não para tomar banho, mas para deixar que a água da vida inunde seu coração e alma, causando uma limpeza dos seus pecados, e o transformando em nova criatura!

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Quem é você? Dedicado a minha esposa Isamaira!


Quem é você?

            Alguns te chamam de Maira, Marita, Isamaira, Isa ou ainda pastora ou missionária, eu porém lhe chamo de Amor!

            Quem é você? Você é uma mulher corajosa e convicta! Abriu mão da possibilidade de ser mais uma médica da família como seu irmão, primos e tios, para se formar em teologia de modo interno em um seminário. Hoje você é uma médica da alma, não psiquiatra, mas além deles, os psiquiatras são capazes de descobrir causas e seus possíveis efeitos, medicar, mas não preparar para a eternidade. Você sim, de modo corajoso escolheu a melhor parte, e essa não será tirada. Quando as cortinas se fecharem e quando nos encontrarmos com nosso Senhor, suas mãos estarão cheias de frutos para apresentar ao nosso Deus.

            Quem é você? Uma ótima mãe! Cuida das nossas filhas com excelência, e que aliás, agora são três. Seu zelo como mãe, seu carinho e cuidado demonstrado a nossas filhas me impressiona, e nos torna uma família feliz!

            Quem é você? Uma pessoa espontânea! Sua alegria contagia, onde você está a festa é certa. Nossas palestras para casamento não teriam o mesmo brilho se você não estivesse. Meu ministério seria incompleto se você não me auxiliasse. Seu jeito sanguíneo é que completa meu jeito melancólico de temperamento. Continue a contagiar nossas vidas. Quando você está em silêncio e não está sorrindo, é um sinal de algo não vai bem, por isso sorria, é assim que você é, alegre e feliz!

            Quem é você? Você é tudo que eu preciso, nem mais, nem menos! Dia 27/12 deste ano faremos 10 anos juntos, e tenho a plena certeza que o que Deus fez, faz e continuará fazendo em nossa vidas é maravilhoso. Sou grato a Deus por cada benção e detalhe em nossas vidas. Nosso casamento é semelhante ao vinho, quanto mais tempo passa, melhor fica.
           
            Quem é você? Você é o que Deus desejou que você fosse, assim como você, independente de títulos ou da avaliação de quem quer que seja. Você é tudo isso, mas como já ficou grande o texto, lhe falarei mais pessoalmente!

Feliz aniversário!

Te amo pra sempre até a eternidade!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A Banalização do uso do termo “Profético”!


De tempos em tempos os modismos se renovam, e no meio cristão evangélico não é diferente. Alguém um dia disse que “Os alemães inventaram a teologia, os americanos estragaram, e os brasileiros comeram” (autor desconhecido). A grande parte dos modismos ou movimentos que se encontram em solo tupiniquim são importados. Nós temos a tendência de copiar a patifaria do besteirol gospel que tanto faz mal ao evangelho, pelo simples anseio de crescer numericamente, mas esquecemos que nem sempre quantidade é qualidade.
            É impressionante o fetiche que o neopentecostalismo tem pelo mágico e pelo místico. A produção de um suposto ambiente “espiritualizado” se tornou a especialidade desse movimento. Para tanto, o que se julga “espiritual” precisa ser customizado para atingir os seus devidos fins. Mas para não falarmos de tantos adereços que compõem o culto neopentecostal, vamos pensar somente na banalização que se tem feito, do uso do termo profético.
            Tudo que precisa parecer espiritual leva o nome de profético, ou seja, o termo é como fosse um tipo de ISO9001 “celestial”, onde como um carimbo mágico e místico, valida como fidedigno, fiel e bíblico, aquilo que é produção meramente humana.
O culto é profético, a dança é profética, o clamor é profético, adoração profética, ativação profética (o que é isso?), alinhamento profético, ato patético, ops, profético, e por aí vai. Acrescenta-se ao final de qualquer coisa o termo profético, pronto, aí está algo “espiritual”, #SQN (só que não).
            Mas o leitor pode prontamente perguntar, mas no Antigo Testamento não havia a ação profética? Sim, todos aqueles que eram vocacionados por Deus para exercer o oficio Profético eram encarregados para profetizar, o que não tem nada a ver com o Novo Testamento, lembrando que João Batista foi o último dos profetas do A.T., “A Lei e os Profetas profetizaram até João. Desse tempo em diante estão sendo pregadas as boas-novas do Reino de Deus..” Lc.16.16.
            Outro detalhe que precisa ser lembrado, é que dom de profecia, não tem a ver com o oficio profético veterotestamentário. No N.T, foi dado dons aos homens, e um deles é o dom de profetizar. Logo ministério profético é uma coisa, e dom de profecia ou profetizar é outra totalmente diferente.
            Talvez a única passagem que encontramos o uso do termo é na Versão NVI, em 2Rs. 2.9 “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: “O que posso fazer em seu favor antes que eu seja levado para longe de você?” Respondeu Eliseu: “Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético”, no Hebraico literal: Dá-me porção dupla do teu espírito.
E também na King James em, 1Sm. 19.21, “Logo Saul foi informado do que ocorrera, e apressou-se em mandar outros mensageiros, os quais, da mesma maneira, entraram em êxtase. Em seguida, Saul mandou um terceiro grupo, e também estes foram tomados por aquele transe profético”. As demais traduções como NVI, ARC, ARA, NTLH traduzem por profetizavam ou apenas transe, não incluindo o termo profético.
Enfim, o que quero levar o leitor a pensar, é que a apropriação do termo profético no culto cristão é Anacrônico, e descabido de contexto. E o pior de tudo, é usá-lo como Merchandising:                    
é uma ferramenta de Marketing, formada pelo conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos no ponto de venda, de maneira tal que acelere sua rotatividade”.
A distinção que se faz de cultos cristãos e cultos cristãos, é que alguns precisam incitar o mágico e místico para o consumidor final, diga-se de passagem - alguém que é fascinado pelo oculto – para que a lei da oferta e procura cumpra seu papel, também no ambiente Cristão.
Já Percebeu que nem Cristo, nem qualquer dos apóstolos tentaram espiritualizar o evangelho? No momento mais singular e importante do N.T., em atos 2, quando da descida do Espírito Santo, Pedro apenas faz a seguinte citação: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel”. At. 2.16, e logo passa expor-lhes as escrituras para que mostrar que ela se cumpre em Cristo.
Duas coisas podem acontecem diante desse suposto momento e cenário “profético”. Primeiro, podemos assistir a bestialização dos que se imergiram de tal forma nesse dito ambiente profético, que não consiga distinguir mais o que é o real e simples, corriqueiro e cotidiano. O culto sem pirotecnia, da palavra pela palavra, pode perder a sua “graça”.
Segundo, pode haver um enjoo, repulsa, entojo, asco, aversão, e desta forma um desejo por algo mais sólido e concreto, por algo mais simples e menos “espiritualizado”. E desta forma, um retorno a palavra, consequentemente sem qualquer adereço de pseudo espiritualidade, e que aliás, está havendo uma migração de pessoas dos badalados “cultos proféticos”, em busca de palavra e consistência bíblica.
Me preocupo seriamente com a banalização da espiritualidade, de vermos cada vez mais espiritualidade sem o Espírito. Não se engane, o evangelho é simples, os homens é que complicam ele!

Obrigado!

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Cruz Credo!


Eu hein, cruz credo. Credo em cruz, cruzes. Quem nunca ouviu essas expressões relacionadas a cruz? Quem usa essas expressões coloquiais ou “gírias”, geralmente as relaciona a uma espécie de repulsa, ou ainda como um amuleto ou palavra de proteção.
Segundo o tio Google, “Cruz credo é uma expressão de interjeição utilizada para expressar medo, repugnância ou nojo de algo ou alguma coisa. Originada a partir da cultura e princípios cristãos e, principalmente, católicos, a expressão “cruz credo” pode ser interpretada literalmente como “creio na cruz”.
A interpretação literal é bem mais atrativa, do que quando a usamos no seu sentido simples e corriqueiro. Quando eu digo Cruz Credo, eu estou afirmando que não só creio na cruz, mas também entendo o seu significado.
Cruz credo, então quer dizer que Jesus teve que morrer para nos salvar, nos libertando do pecado e da condenação eterna? Sim. O profeta Isaías nos diz: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca”. Isaías 53:5-7
Cruz credo, Jesus morreu em uma cruz, uma espécie de pena de morte para seu tempo? Isso mesmo, era necessário que as escrituras fossem cumpridas a risca, Atos 13,29 nos diz: “Tendo cumprido tudo o que estava escrito a respeito dele, tiraram-no do madeiro e o colocaram num sepulcro”. Por causa de nossa maldição, Cristo se torna maldito em nosso lugar, “Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro". Gálatas 3:13
Cruz credo, quanta humilhação, dor e sofrimento. Quanto desprezo, frieza e insensibilidade. Me falta palavras para descrever o que o Senhor Jesus sentiu, suportando toda dor do mundo por amor a humanidade.
Cruz credo, eu não faria isso de jeito nenhum, eu não daria nenhum de meus filhos nem para morrer por uma pessoa, mas por que o pai fez isso? Por que enviou seu filho para sofrer, morrer e ainda em uma humilhante morte de Cruz? O pai fez isso porque nos amou.
A cruz foi a maior demonstração de amor da história da humanidade, um sacrifício perfeito, a altura do pai, um sacrifício eficiente e suficiente, um sacrifício que agradou-o, não porque Ele era mal e desejaria ver seu filho sofrer, mas justamente o oposto, a dor do seu filho resultou no alivio e cura de seu povo, a ira derramada em cima de seu Cristo, foi convertida em amor.
O amor de Cristo foi demonstrado no momento que ele poderia pedir vingança e morte de seus algozes, mas Ele citou uma das frases mais bonitas da bíblia sagrada, “Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem”. Lucas 23.24
Cruz credo, que história hein, ela terminou aqui? Não, aqui apenas começou, quando o povo de Israel estavam dispersos, desanimados e desesperados pela morte de seu mestre, ao terceiro dia ele ressuscitou, Ele venceu a própria morte, e está a direita de Deus pai.
Jesus venceu a cruz, venceu a maldição, tornando-a em benção. Tornando-nos filhos amados, justificados, regenerados e transformados por sua graça. Um objeto grande e pesado usado para a pena de morte na antiguidade, trouxe mudanças sem precedentes, não só na história, mas no Reino Espiritual de Cristo Jesus sobre a terra, e sobre seus súditos.
Agora você já pode dizer cruz credo, pois quando assim dizer, você estará afirmando com toda convicção, EU CREIO NA CRUZ! E não só creio, mas AMO A MENSAGEM DA CRUZ, e por isso até morrer nós a vamos proclamar, levaremos também nossa cruz, até que por uma coroa, nós possamos trocar!


Jean Carlos

quarta-feira, 20 de junho de 2018

O Consciência Teológica tem a satisfação de disponibilizar a você uma coletânea de textos alusivos ao Dia do Pastor. Os textos foram publicados na página do Consciência Teológica e editado em formato de PDF para facilitar a leitura.
Faça o download gratuito pelo link https://goo.gl/NBSKet  e faça uma ótima leitura!
Deus os abençoe!
Equipe Consciência Teológica

quarta-feira, 6 de junho de 2018

SEU PASTOR CHOROU: E TALVEZ VOCÊ POSSA SER A CAUSA!


Não existe vocação mais encarnada do que a do pastor. Com encarnada quero dizer que a vocação pastoral é que mais se vive na pele, na carne, os dramas e dilemas da vida. Mesmo sabendo que outras vocações como médico, professor, juiz etc., também vivem e lidam com essas crises, a vocação pastoral vai além, pois as vocações que citei trabalham com o indivíduo aqui, a pastoral além daqui, o pastor é aquele que trabalha, prepara e direciona para além da morte, para a eternidade com Cristo.
            Por ser uma vocação encarnada, um pastor sério, fiel e bíblico muitas vezes sofre e chora, não por ser piegas (em que há um apelo excessivo à comoção, sentimentalismo), não por ser vítima do ministério, e nem mesmo porque é humano sujeito a emoções, mas porque quem vive a vocação pastoral a vive em seu estado pleno e íntegro.
            O Senhor Jesus Cristo o próprio verbo de Deus, a palavra e vida encarnada, viveu também de forma intensa os dilemas da humanidade decaída e corrompida pelo pecado. Jesus como Deus homem também sofreu, sentiu fome e sede, dores, sono, angustias e qualquer outro sintoma próprio do corpo humano, e um dos mais interessantes foi que Jesus chorou. Não muitas vezes como nos relatam as escrituras, uma pela morte de seu amigo Lázaro, outra por perceber a incredulidade do seu povo e país, em Lucas 19:41-44:
Quando se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: "Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos. Virão dias em que os seus inimigos construirão trincheiras contra você, e a rodearão e a cercarão de todos os lados. Também a lançarão por terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus a visitaria".
O autor aos Hebreus também nos diz no capítulo 5, verso 7: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão”. Jesus chora porque era plenamente humano, portanto era dotado de emoções como no casa da morte de seu amigo. Jesus chora por sentir na pele, na sua carne, sua vocação e ministério em submissão ao pai.
É óbvio que não vou comparar nenhum pastor com Jesus, nem Paulo pode ser comparado, Ele o Cristo foi excelente, e nós uma tentativa de cópia. Mas o que está claro é que os pastores submissos a Cristo, também choram por encarnar o ministério pastoral. Choram por muitas vezes verem seus esforços darem em nada. Choram quando caminham, ensinam, gastam tempo e cuidado ao lado de uma ovelha, e no final descobrem que não era ovelha, mas um bode. Choram quando tem a sensação que depois de duas horas de aconselhamento, a ovelha ouvirá a sua voz, mas ele percebe que suas palavras entraram em um ouvido e saíram no outro. Pastores choram quando acreditam que ensinaram as bases da fé cristã, os princípios bíblicos de culto, ética e doutrinas, mas eles descobrem que a ovelha não aprendeu absolutamente nada, e muitas vezes ao contrário.  Pastores choram quando a ovelha simplesmente decide buscar outro “pasto” mais verde, sem mesmo lhe dizer obrigado.
Pastores choram, mas choram sozinhos (não nas redes sociais), mas aos pés da cruz, diante daquele que também chorou, diante daquele que primeiro amou, que primeiro se doou. Assim como Cristo não desistiu, pastores que choram também não desistem, pois não só choram de dor, também choram de alegria ao ver o evangelho transformando e salvando vidas.
Se você conhecer um pastor que chora por causa disso, valorize-o, ame-o, cuide-o, pois seu pastor já chorou, e talvez você possa ser a causa!

quarta-feira, 28 de março de 2018

Meu pastor virou um modinha!


Sinceramente não sei o que está acontecendo com o meu pastor! Ele não era, e nunca foi assim. Ele já tem uns bons anos de ministério, e desde que o conheço, sempre vi nele uma figura de referência, um homem de Deus, piedoso e de boas obras. Ele visitava suas ovelhas, era modesto e levava uma vida comum como de qualquer irmão. Formado no seminário, era amante das escrituras e da exposição bíblica, dos estudos da palavra e do pastoreio simples. O que quero dizer com simples, era o que conhecíamos, no sentido mais comum no que se refere ao ministério pastoral.

            Meu pastor se “contentava” com a palavra como ela é, sem mais nenhum ingrediente, era apaixonado pela teologia reformada, era dedicado aos estudos e a oração, mas ultimamente não sei o que está acontecendo com ele.

            Ele mudou da água para o vinho, seus discursos não são mais os mesmos, e tudo o que um dia o vimos defendendo, agora é contra, e tudo que era contra agora é a favor. Meu Deus, o que aconteceu com esse servo de Deus?

            Talvez a explicação mais óbvia seja a influência da mídia. O advento da mídia trouxeram coisas boas e ruins ao mesmo tempo. Boas porque estamos ligados a uma espécie de “aldeia global”, onde todos estão interligados e desta forma, as informações mundiais quase que nos chegam em tempo real. A globalização nos aproximou de povos, culturas e nações, e nos permitiu nos relacionarmos com as mesmas. Mas aqui talvez esteja o grande problema, a mídia global também nos apresentou os modos de ser e viver de outras culturas, e dessa forma, o “novo” se tornou extremamente atrativo e tentador, e na questão religiosa e eclesiástica se aplica o mesmo.

            Me parece que talvez tenha sido essa influência que fez meu pastor mudar tanto. Por exemplo, quando o Benny Hinn veio ao Brasil trazendo a “nova” benção, ou a unção do cai cai, meu pastor ficou tão empolgado que começou a querer derrubar os irmãos, passando o seu paletó, assim como fazia o Benny Hinn. Paralelo a isso, na Colômbia o pastor César Castellanos começou a propagar o método mais conhecido como G12, e adivinha? Meu pastor entrou de malas e cuias! E se não bastasse ele mudar tanto os seus princípios, agora ele está deslumbrando com um suposto movimento apostólico que segundo os defensores “recomeçou” a “era apostólica”. Ora pastor, o senhor sempre ensinou que o período apostólico era da igreja primitiva, mas agora o senhor está nos dizendo que a partir da década de 90 e 2000 é o período apostólico? Olha, realmente não estamos te entendendo mais.

            Assim que o movimento G12 começou a sair da moda, outros movimentos apareceram, como o G5, M12, e também o Judaísmo Messiânico. Esse último parece que foi a última pá de cal, pois meu pastor sempre nos ensinou, principalmente na EBD que os rituais do Antigo Testamento foram cumpridos em Cristo, e a igreja agora não precisava observar nem as festas ou rituais judaicos, mas ele agora está fazendo justamente o contrário, é bandeira de Israel pra todo lado, shofar, castiçais, festas judaicas e talit. A minha dúvida é, será que ele vai querer circuncidar-se também? Ora pois.

 Me parece que a cada novidade, meu pastor estava tentando, atirando pra todos os lados, me lembro que até as orações que o Marco Feliciano fazia, ele chegou a copiar, “se tenho crédito contigo no céu”.... dá pra acreditar? A lista é grande, até dos pastores gringos ele tentou copiar alguma coisa, mas vou resumir pra não ficar cansativa essa história.

No meio de toda essa mistura teológica, outro movimento ganhou força e se tornou muito cobiçado, o MDA. Agora pensa a salada, meu pastor se dizia reformado por muitos anos, passou pro G12, dele foi para o “movimento apostólico”, “unções esquisitas”, “judaísmo messiânico”, e agora está no MDA. Meu Deus pastor, o que está acontecendo com o senhor? O senhor disse que o G12 era a “visão” de Deus para os últimos dias da igreja, disse que agora sim o senhor conheceu Jesus, e de repente o senhor abandona o G12 e entra no MDA? Onde o senhor quer chegar? Estamos confusos!

            O ministério pastoral do meu pastor mudou radicalmente, não só na teologia, que agora ele é claramente um neopentecostal, mas na sua forma de ser também. Começou a usar uns termos que antes não se via em seu vocabulário, um dos jargões mais preferidos dele agora é o uso do termo profético, ele adiciona essa palavra a tudo, tudo agora é profético, se tornou como algo mágico, algo místico, dizer que é profético parece que ganha validade espiritual. Os termos não param por aí, é “tremendo”, vai ser “power”, é “forte”, “chamo a existência”, eu “determino”, eu “declaro”, eu “libero” ou vou “liberar” a benção”, “meus discípulos”, etc.

            Infelizmente meu pastor mudou, só ele não percebeu. Ele já não é mais acessível, antes estava disponível sempre, sempre tomávamos tereré juntos, mas agora pra encontrá-lo só por meio da sua secretária. Ele chegava antes de todos no culto, ele que abria a igreja, agora ele só chega depois que o louvor começou. Ele era bem modesto e reservado, agora a mídia é a maior parceira do seu ministério, seu nome está em todos os lugares. Ele já não é um homem do povo, já não tem mais cheiro de ovelha, já não frequente pequenas reuniões, pequenos públicos não o agradam mais.

            Certo dia tentei dizer a ele que ele havia mudado como eu disse acima, da água pro vinho, mas quando comecei falar, ele me interrompeu dizendo que eu era arcaico, tradicional, frio e que a letra estava me matando. Mas eu disse a ele que ele mesmo nos havia ensinado a ser desta forma, e por que mudou agora? Ele disse que os tempos mudaram, a igreja é outra e que deveríamos nos adequar aos novos tempos e modelos. Mas ainda assim não me convenceu, continuei a lembrá-lo de suas exposições bíblicas, suas convicções teológicas e então ele me disse que eu não estava pronto para entender a “visão”, e se caso eu não me adequasse a esse novo modelo de igreja e ministério, eu poderia procurar outra igreja.

            Não acreditei quando ouvi isso. Como uma pessoa pode sair de um extremo ao outro? Já não nos havia advertido o apóstolo Paulo em Efésios 4.14 “O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”.

            Depois de tudo isso, com tamanha influência da mídia e os novos modelos eclesiásticos, descobri que meu pastor virou um modinha! Quanta saudades temos de quando ele era um pastor simples, e centrado na palavra!

Pastor, volte a suas raízes, volte ao primeiro amor, suas ovelhas estão confusas. “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Ap. 2:5

Atenção: Qualquer semelhança desse desabafo com a realidade, é mera coincidência!


Obrigado!

quarta-feira, 14 de março de 2018

O líder Miojo!


            O líder miojo é aquele que em 3 minutos já está pronto!
            Essa frase é a que melhor sintetiza a inclusão de crentes neófitos a uma liderança, seja ela qual for. O irmão(a) “acabou” de se converter e já recebe oportunidade para liderar. Ele está animado, empolgado, no calor do primeiro amor, e seus superiores acreditam que isso é o que importa, isso é o suficiente para que o novato exerça liderança.
            A maior causa do nascimento do líder miojo, é o líder (superior) sem critérios, sem bases, sem cautela. Esses muitas vezes acreditam que dar uma liderança, ou como comumente é chamado, o famoso “cargo”, segurará o novo crente na igreja. Um cargo para o empresário, para o famoso, para o influente será a melhor isca para segurá-lo na igreja. Infelizmente a ascensão do líder miojo se dá na maioria dos casos, nas classes sociais que acabo de citar. E não vemos o mesmo com os pobres, estes precisam ser provados, testados, e treinados para então, após isso receber uma liderança, e se receber.
            O irmão pobre está a tempos sonhando em de alguma forma servir na igreja, ou até mesmo liderar, mas ele não tem oportunidade. Daí se converte um famoso, o prefeito da cidade, o médico etc, esses automaticamente são elevados aos postos de liderança, enquanto o irmão pobre fica a mercê. Esse tipo de atitude demonstra claramente que os lideres superiores nesse caso, são lobos interesseiros, parciais e injustos. O mesmo se dá com alguém que já é líder miojo quando sai da igreja, ele chega e já sobe direto pro altar da nova igreja. Você já viu isso, ou estou exagerando?
            Quem não viu no Brasil o Rener que fazia dupla com o Rick & Rener? Ele anunciou que se converteu em um dia, e no mesmo já publicou que agora cantaria música “gospel”. A lista é grande, o Naldo disse que havia se convertido e iria cantar música gospel, esse graças a Deus não cantou rs... Há tantos outros pela sua influência, fama ou poder aquisitivo pegam o bonde andando e já sentam na janela, esses são os famosos lideres miojo, apenas três minutos e já estão prontos.
            A palavra do Senhor nos diz, que o Senhor Jesus chama os seus doze discípulos e anda, vive, treina, ensina, aconselha por pelo menos três anos e meio, e ao final desse maravilhoso curso intensivo de Jesus, percebemos que muitos ainda não estavam realmente prontos.
            Os apóstolos em Atos 6 precisam resolver o problema da distribuição diária das viúvas (uma espécie de assistência social), eles sabem que não poderiam tomar mais esse encargo, então eles escolhem a dedo, 7 homens para essa liderança, “Por isso, irmãos, escolham entre vocês sete homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, e nós entregaremos esse serviço a eles” At. 6.3. Havia critérios, havia bases e requisitos básicos para se tornar líder, não era para quem queria, era para quem se encaixava no perfil proposto pelos apóstolos.
        O Apóstolo Paulo se converte em Atos 9, vai pra casa de Judas, e Ananias ora por ele para que recuperasse a visão. Paulo é batizado, fica alguns dias em Damasco, e no verso 20 diz que Paulo pregava a Jesus, E começou imediatamente a anunciar Jesus nas sinagogas, dizendo: — Jesus é o Filho de Deus”. O leitor prontamente será induzido a pensar que Paulo “acabou” de se converter e já saiu pregando o Evangelho. Entendemos que entre o versículo 19 e 20 de Atos 9, há pelo menos um espaço de 3 anos, onde o próprio apóstolo responde em Gálatas 1.17-18, “Tampouco subi a Jerusalém para ver os que já eram apóstolos antes de mim, mas de imediato parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. Depois de três anos, subi a Jerusalém para conhecer Pedro pessoalmente e estive com ele quinze dias”. Ora, se o Apóstolo Paulo quisesse, esse já tinha Know How para tal, pois o mesmo se excedia em muito no Judaísmo, ele já tinha um conhecimento admirável, mas não quis, ele entendia que era melhor se preparar primeiro, para depois se dedicar a tão nobre missão.
            O que quero deixar claro, não é que quem acabou de se converter, não possa falar daquilo que Jesus fez em sua vida. O que está em pauta aqui, é a liderança. Neófitos (novos convertidos), não podem liderar, senão será um cego, guiando outro cego. Paulo diz sobre os requisitos de um bispo, você pode ler desde o primeiro versículo, mas ele cita nossa afirmação no verso 6, “Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo” 1Tm. 3.6.
            Independentemente da posição social que a pessoa ocupa, ela deve ser discipulada, preparada, treinada, habilitada, capacitada, experimentada, para depois assumir algum tipo de liderança. Precisamos preparar aqueles que desejam servir a noiva de Cristo, e não mais formarmos líderes miojo, pois um líder não se forma em 3 minutos, quiçá, 3 anos...


Obrigado!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Mas Deus redimirá a minha vida da sepultura e me levará para si. Sl 49:15


Quem nunca pensou na morte? Quem nunca se preocupou com ela? Há quem diga que a morte é a única fila em que todos querem ficar por último. A morte também foi um tema de discussões, preocupações e anseios dos salmistas. Ao longo dos cento e cinquenta salmos, sempre vemos esse assunto aparecer, não como algo a ser evitado como muitas vezes falamos, “morte? Não quero nem pensar nisso, vamos mudar de assunto?”
            Os salmistas falavam e pensavam na morte, não como algo de todo ruim, mas como esperança do mundo vindouro. Morrer não era somente deixar família, bens ou sonhos, tinha um significado maior e especial para os que criam fielmente em Deus. Morrer para os salmistas não era simplesmente o fim, mas o início de uma nova vida, mas agora para sempre com Deus.
            A esperança nutrida pelos salmistas deve ser nossa esperança, que mesmo na morte eles aguardavam pela intervenção de Deus. A sepultura não nos separará de Deus, pelo contrário, Ele nos levará para si. Quando descobrimos e cremos nisso, nossa vida ganha sentido, pois não viveremos apenas para essa vida, apenas para o deleite nessa terra. Nossa história ganhará mais um capítulo, mas desta vez sem lágrimas, sem dor, sem sofrimento ou quaisquer sentimentos que aflijam nosso coração. Para nós que cremos em Deus significa apenas uma etapa cumprida em nossa existência, para nos eternizarmos juntamente com o pai, para nunca mais ficarmos longe Dele.
            A morte para o cristão não é um problema, mas a solução e fim de toda dor. Esperamos ansiosamente pelo dia que estaremos para sempre com Ele, isto é, no tempo Dele, logo não queira adiantar isso.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Quando um pastor se mata, é porque ele já morreu há muito tempo!

Esses dias foi noticiado mais um suicídio de Pastor, desta vez no interior de MG. Só os que eu sei, do final do ano pra cá, quatro pastores e duas pastoras tiraram suas vidas. Talvez haja mais casos, talvez seja o sei lá o que, e por que esses casos tão pertos uns dos outros, tanto no tempo quanto no espaço.
            Esse texto não será mais um “textão” para falar mais do mesmo, para achar culpados ou inocentes, para perguntar se quem se suicida vai pro céu ou inferno, ou porque quem tira a vida é covarde etc..
            Quero falar dos líderes que morrem em vida, que morrem no pleno exercício da sua função. Morreram não fisicamente, mas morreram seus sonhos, seus projetos, seu ânimo. Por que alguns líderes depois de servirem tanto tempo, depois de tantas conquistas e sonhos, acabam morrendo ministerialmente? O que está matando os pastores(as) em vida?
            Eu gostaria de ter as respostas, mas não as tenho. Gostaria de ter uma palavra para aqueles que estão morrendo em seus púlpitos, gostaria de motivar os líderes que desistiram dos seus liderados. Eu queria poder explicar quando me perguntam, “mas ele não era pastor? Então por que se matou”?
            Eu imagino, que quando um líder se mata, é porque ele já morreu há muito tempo, mas nem sempre os sinais são percebidos. Um dos primeiros sinais de um líder que morreu ministerialmente é a desmotivação. Perde o ânimo, perde a graça, a alegria, a paixão de servir. A desmotivação é tão grande que ele não sente mais vontade de ir aos cultos, de visitar as ovelhas, de preparar um sermão, de manter uma vida devocional. Ele vê a igreja como uma obrigação, o culto se tornou um fardo pra ele, não se empolga mais em fazer o que amava mais fazer.
            Outro sinal de que o líder morreu ministerialmente, é que ele deixa de sonhar. Ele já não tem mais objetivos, metas, planos. Tanto faz como está, ele empurrará com a barriga o que ele está fazendo. Não se preocupa mais em atingir os objetivos lançados no início ou meio do ministério, pra ele agora tanto faz, como está tá bom, até porque, mudar dá trabalho.
            Um líder morto ministerialmente está decepcionado com as pessoas. Ele não acredita mais que vale a pena servir, investir tempo e vida na vida, pois pessoas dão trabalho, pessoas frustram, pessoas são ingratas. De fato, como Moisés disse ao Senhor, “Esse povo é de dura cerviz”, mas toda generalização é perigosa, e injusta. Nem todos decepcionarão o líder, sempre haverá um remanescente fiel que permanecerá ao lado dele.
            Mais um sinal de que um líder morreu ministerialmente, é que ele se torna cético a respeito de tudo. Ele agora tem dúvidas do seu chamado, dúvidas do que viveu com Cristo, dúvidas quanto a sua instituição, dúvidas inclusive a respeito do próprio Deus. Um líder cético até prega, ora, ministra os sacramentos, mas no fundo, não sabe se acredita em tudo isso.
            Os problemas que os líderes enfrentam no ministério são comuns a todos. Poucos recursos, nem sempre mão de obra, crises de fé, crises institucionais etc. Todos os líderes passam e passarão até morrer por dificuldades e provações, mas o que ele não pode fazer, é se entregar e morrer ministerialmente. Se você está perto de um líder que demonstra esses sinais, você deve urgentemente tentar ajudá-lo. Orar por ele, procurar a família, os superiores do ministério etc. Não deixe seu líder morrer ao seu lado.
            Mas se você é o líder que está passando por isso, saiba que não está sozinho, há muitos que estão nessa condição. A diferença é que uns estão se entregando, chegando a tirar sua própria vida, e outros tentam lutar.
Tome coragem e procure ajuda imediatamente. Diga que você não é um super pastor(a), expresse seus sentimentos e frustrações a alguém, a esposa, amigo, superior etc. Seja sincero com Deus, rasgue sua alma diante Dele, e diga que você está morto ministerialmente. Peça uma licença, e se possível, viaje, faça exercícios. Procure um pastor(a) mais velho e peça conselhos. O desejo de Deus aos seus pastores(as) é que no final de seus ministérios, possam falar como o Apóstolo Paulo, “Combati o bom combate, terminei a carreira e guardei a fé”.

            "Quando chegar a hora de morrer, certifique-se que tudo que você tem a fazer é morrer." – Jim Elliot

Obrigado!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

São como ovelhas desgarradas, porém elas tem Pastor!

“Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor”. Mateus 9:36
            Essa passagem de Mateus narra o sentimento do nosso Senhor Jesus ao ver as multidões que estavam perdidas, sem sonhos, e como o próprio texto diz, aflitas e desamparadas. O Coração de Jesus se compadece das multidões que precisam de orientações e refúgio para suas almas.
Várias passagem narram o povo como ovelhas, para citar somente alguns textos, “As minhas ovelhas vaguearam por todos os montes e por todas as altas colinas. Elas foram dispersas por toda a terra, e ninguém se preocupou com elas nem as procurou”. Ezequiel 34:6; ou ainda, “Andei vagando como ovelha perdida; vem em busca do teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos”. Salmos 119:176; e o um dos mais clássicos, "Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?” Lucas 15:4.
            Não há figura melhor em relação aos membros e pastores, que a do Pastor e Ovelha. O pastor é o que cuida, que da direção, alimento e água fresca, que encaminha a ovelha para as verdes pastagens e a livra do mal. O pastor é o que como diz Lucas 15.4, deixa todas no campo e vai atrás de apenas de uma, pois todas são importantes. O pastor é que dá segurança e proteção as ovelhas, “Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem”. Salmos 23:4.
            Se a ovelha merece todo esse cuidado, por que tem tantas ovelhas perdidas hoje? Por que existem tantas sem direção? Por que tantas estão aflitas e desamparadas? Ao contrário dos tempos de Jesus que as ovelhas não tinham pastores, as ovelhas do nosso tempo tem, e o ponto comum é que estão desgarradas. São como ovelhas desgarradas, porém elas tem Pastor!
Nunca vi um tempo tão sem referência como o nosso. Nunca vi tanta ovelha perdida e sem rumo. Nunca vi tanta ovelha aflita, com fome e sede (da palavra), com medo e sendo atacadas por lobos vorazes. A falta de referência de muitos pastores de hoje deixam suas ovelhas confusas, em crises, com vontade de desistir, deixar seu pasto verdejante (na maioria é seco mesmo), e pastor.
A confusão e crise de identidade que as ovelhas estão passando, fazem elas pensarem que mudar o local do pasto vai melhorar. A ovelha dorme Presbiteriana, acorda Assembleiana; dorme Batista acorda na Comunidade; dorme na Congregação Cristã e acorda Adventista. Imaginam que ir em busca de um pasto mais “verde” será a melhor saída, mas esquecem que nem sempre o pasto (grama) do vizinho é mais verde.
Jesus nos diz em João 10.11 "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. Estamos precisando urgentemente de pastores segundo o coração de Deus, pastores que amam as ovelhas do supremo Pastor, pastores que sirvam o rebanho porque Jesus nos ensinou a servir, pastores como diz Pedro, “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir”. 1 Pedro 5:2.
As ovelhas estão sem rumo por que muitos dos seus pastores também estão, estão sem referência porque aos seus pastores também faltam referências, estão desgarradas por que seus pastores se desgarraram de Jesus. Deus faz um alerta aos pastores desgarrados, “Filho do homem, profetize contra os pastores de Israel; profetize e diga-lhes: ‘Assim diz o Soberano Senhor: Ai dos pastores de Israel que só cuidam de si mesmos! Acaso os pastores não deveriam cuidar do rebanho?” Ezequiel 34:2.
A esperança das ovelhas desgarradas que tem pastores está também em Ezequiel, "Porque assim diz o Soberano Senhor: Eu mesmo buscarei as minhas ovelhas e delas cuidarei”. Ezequiel 34:11. Senhor Deus, em Cristo Jesus, cuide de suas ovelhas elas estão desgarradas, porém elas tem pastor!


Obrigado!

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