sábado, 17 de dezembro de 2011

VIDA DE CÃO!


“Eu não sou cachorro, não
Pra viver tão humilhado
Eu não sou cachorro, não
Para ser tão desprezado”

Waldick Soriano, em sua letra: "Eu não sou cachorro não", queria demonstrar um pouco de um amor não correspondido. Esta letra chegou até mesmo ser censurada na ditadura militar. A esta altura (década de 70) ser comparado a um cachorro era ser qualificado com um adjetivo muito ruim. Quando se dizia então, que o fulano estava vivendo uma vida de cão, você logo saberia que possivelmente, ele poderia estar passando fome, necessidades, estar preso ou até mesmo ter recebido a famosa gaia, chifre ou similares. Enfim, vida de cão era uma vida desgraçada.
Com a crise dos paradigmas em que o mundo passou na guerra fria, os modelos, e utopias abalaram-se, e a sociedade passou então por grandes transformações com o advento da mídia, e a conseqüência disto foi que a cabeça das pessoas mudaram, e os valores foram transformados e prioridades invertidas.      
E na Era Pós-moderna o seres humanos estão em busca de algo que não sabem o que é, e desta forma acabando sublimando seus anseios e necessidades projetando-se em bens materiais ou qualquer outra coisa que traga satisfação e alegria. E nesse conjunto encontram-se os animais de estimação, e que, diga-se de passagem, já é uma receita de psiquiatras e psicólogos para curar a depressão.    
Nunca se gastou tanto com caprichos aos bichanos. Estima-se que o mercado de Petshops movimenta cerca de R$ 15 Bilhões por ano (http://amis.org.br/downloads/gondola/g124/petshop.pdf). Não vejo problema algum em ter um animal ou animais de estimação, eu mesmo já tive cachorros na infância, um papagaio (Lourival, viveu 14 anos), e o último foi um peixe de aquário, o McIntosh. 
O grande problema que vejo, é que nossas prioridades mudaram tanto, e nossa forma de perceber o “outro”, que estamos desviando o foco de “Amar o próximo, como a nós mesmos”, para amar ou dar valor a bens materiais e a animais, uma importância que deveria ser destinada aos seres humanos.
A poucos dias após a divulgação deste vídeo: (http://www.youtube.com/watch?v=fZtBYbmpxxE) gerou uma onda de protesto e “repúdio” na internet e redes sociais. Apoio o protesto, sou contra a qualquer maus-tratos aos animais, deve-se punir mesmo. Mas será que o Estado e a Justiça também não deveriam usar o mesmo critério para os Rodeios, briga de galo, de cachorros etc.? Ou ainda, por que não se pune prefeitos, ou melhor, políticos em geral que participam de desvios de donativos, como foi o caso das catástrofes de Santa Catarina-SC, de Alagoas-AL e Rio de Janeiro-RJ. Por que não fazem uma onda de repúdio aos políticos que desviam milhões (Jader Barbalho, Maluf, Palocci etc., só três basta, se não o texto ficaria muito longo), que poderiam ajudar a erradicar a fome e a miséria do Brasil?                                                                                            
Fala sério, em vez de ficarmos compartilhando vídeos de “Repúdio” contra os maus-tratos a animais, por que não levantemos a bunda desta cadeira macia e vamos atrás dos que sofrem e padecem, dos que passam fome e necessidades, dos que lutam pela sobrevivência, dos que foram marginalizados pelo sistema capitalista. Dê uma vida de cão para estes, pois os cães de hoje, estão vivendo melhor que os seres humanos. Está na hora de revermos nossos valores!
Jesus nos disse: Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Mt. 25.35-40
 Obrigado!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Viagem da Oração - Katsbarnea

Essa música fez parte da minha (anos de seminário), e ainda hoje fala muito ao meu coração! Reflita

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Desafio aos "Apóstolos"...

Gostaria de recomendar aos Apóstolos da prosperidade, aos pastores da confissão positiva que assistam o vídeo, é possível que possam ajudar!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O que posso dar, ao Deus que tem tudo??



SEM PALAVRAS.... Assista!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

QUANDO AINDA HAVIA DESESPERO!


          A sexta-feira estava só começando, a noite sair, encontrar os amigos, beber, fumar, ouvir música, e quem sabe uma paquera etc. Já voltava para casa de madrugada, o que dava grande dificuldade para levantar cedo no outro dia. 
          No sábado, trabalhava até umas 14h e depois já fazia a velha cotinha para comprar bebida novamente, cerveja, vodka, e (pinga dependendo de como estava o bolso), isso acompanhado novamente de música e cigarros, até mais ou menos umas 19h, e que na nossa linguagem, já dava para dar um raio (ficar meio embriagado).                   
          Dormia até as 22H, e então saía novamente para rua para repetir a sexta-feira, só que com mais intensidade, pois a avenida estaria cheia, o som seria mais alto, e a bagunça também. O som causava uma espécie de reação em cadeia. Som chamava cigarro, cigarro bebida, bebida chamava várias coisas, como paquera e polícia etc. Depois da 1h da manhã, havia um deslocamento da avenida para o clube ou para a danceteria (a única da cidade). Dentro destes locais se repetia o processo da reação em cadeia, tudo novamente. A festa encerrava-se na maioria das vezes tranqüila, e era uma ou outra vez que via uma briga.
          Acabando a festa, e depois de ter feito de tudo um pouco, coisas lícitas ou não, ainda faltava ir a um lugar antes de chegar em casa: a Feira municipal. Para mim ainda não havia acabado o sábado, faltava tomar um suco, e comer alguma coisa, para ajudar a curar a ressaca. Do outro lado, estavam pessoas que levantaram de madrugada, e ao contrário da maioria, não para “festar”, mas para trabalhar arduamente, e nesse contexto uma frase do Marcelo D2 resume: “Enquanto uns choram, outros mesmo devoram”. Enquanto uns ali bagunçavam e faziam moagem (resultado de quem bebeu a noite inteira), do outro lado do balcão haviam pessoas que estavam sacrificando seu sono em detrimento do trabalho e sustento. Depois de tudo isso, chegava em casa pela manhã, e diga-se de passagem, o sol já havia nascido.                     
          No domingo, dormia até umas 15h da tarde, acordava e ia direto tomar um tereré para curar a ressaca, depois comer alguma coisa. De tardezinha, ia novamente para a rua, mas agora mais tranqüilo, com menos bagunça e cachaça e mais tereré, pois o dilema estaria só começando. A ressaca moral já começava dar sinais, e tudo começava a ficar mais comedido, reflexivo e existencialista. Ainda havia bebida e cigarro, mas agora somente cerveja, e pouca ainda, e as músicas também mudavam, da eletrônica/pancadão para o pop e o rock, do tipo Red Hot Chili Peppers (Soul to squeeze) e coisas do gênero. Quando chegava as 22h, já não havia quase ninguém na rua, então era sinal de que já era a hora de ir embora, pois a segunda-feira não aguardava ninguém, ela chegaria mesmo. E quando botava a cabeça no travesseiro, se ele falasse..., denunciaria quem eu era, alguém que não sabia quem era ou que queria. 
          Segunda feira pela manhã já havia um yellow smile (sorriso amarelo), mas disfarçava, pois era dia de contar os B.Ó.s ou bafões do final de semana, e ainda olhar nos sites da cidade para ver se havia saído em alguma foto, para alimentar o ego. Neste dia nem queria saber de bebida, cigarro ou música eletrônica etc., só tereré mesmo e Red Hot. 
         O que havia de semelhante neste processo, é que ele era cartesianamente igual, ou seja, acontecia sempre da mesma forma. E com o passar do tempo, comecei a me perguntar, se isso é que era felicidade? Isso me completava? Isso que eu queria para minha vida? Por que depois de um final de semana badalado sempre eu ficava triste e depressivo? Por que eu estava me sentindo infeliz, se tudo o que sonhei e busquei, (mesmo que pareça fútil), eu tinha. Tudo que um jovem do meu contexto queria eu tinha, carro, som, festa, mulherada, dinheiro suficiente etc., mas o que me faltava?                                    
          Comecei a perceber que as festas e sua reação em cadeia eram somente um refúgio onde eu estava me abrigando a muitos anos. Percebi que quanto mais eu buscava essa vida de festas mais eu me angustiava ou me decepcionava. Percebi que eu estava Parecendo e não Sendo. Percebi que havia um desespero na minha alma e tudo isso era somente a ponta do iceberg. Por muito tempo fingi ser feliz, e enquanto muita gente dançava e se alegrava com meu som, eu chorava por dentro. Enquanto alguns queriam ter a vida que eu tinha, eu queria ter a vida de outros, uma vida feliz. Não poucas vezes vinha a minha mente a seguinte uma pergunta e afirmação: O que estou fazendo aqui? Aqui não é o meu lugar! 
          Depois de conviver muito tempo com este dilema e buscando respostas, cheguei à conclusão: eu era uma pessoa infeliz. O problema é que busquei a felicidade nos lugares errados, como álcool, cigarros, festas etc. Ora, mas qual é o segredo da felicidade, qual o segredo da paz? Onde estavam?                                                  
          Simples, eu já sabia, mas nunca quis admitir ou dar o braço a torcer, estavam em Jesus, Ele era a resposta para minha vida e para os meus dilemas. Eu que tinha coragem para tomar bebida forte, dar cavalo de pau, empunhar uma armar, querer brigar, experimentar alucinógenos, por que não teria coragem de conhecer Jesus a fundo? Se tudo o que buscava me fez mal, queria então experimentar o outro lado da moeda. Se aquilo que sempre busquei (festas) era a felicidade então eu queria saber como era a tristeza.                                     
            Mas eu estava completamente enganado, o que encontrei em Jesus, não foi tristeza, e sim alegria e paz. Descobri que Ele havia dado sua vida por mim, então dei minha vida para Ele. E Este me deu sentido e motivação para viver. Hoje já não faço uso de qualquer prática descrita acima, não uso mais qualquer artifício ou subterfúgio para me alegrar, pois Jesus alegrou minha vida, me fez uma pessoa feliz. Hoje levo uma vida pacata e modesta, longe de badalações e até mesmo de muitos “amigos”, mas suficiente para ser quem sou. Hoje coloco minha cabeça no travesseiro, e tenho certeza de que se ele falasse, diria que já não choro mais de desespero, e sim de alegria. 
          Tenho dificuldades, ansiedade e fico triste ainda? Claro que sim, como qualquer ser humano, pois o mesmo Jesus nos havia dito: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo” Jo.16.33, a diferença é que sei onde está meu socorro e refúgio. A diferença é que tenho motivações para lutar, e como lutar, e ao lado de quem lutar. A diferença é que minha vida mudou.                                                                                           
           Já faz oito anos que entreguei minha vida a Cristo e de lá para cá, tenho vivido os anos mais felizes da minha vida, e as palavras não conseguem descrever quem e como sou hoje, pois já não existe desespero...

“Eu sei que eu ainda não sou quem eu deveria ser, mas eu também sei que já não sou quem eu era”. – Martinho Lutero.

Obrigado!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A ECLESIOFOBIA!

          Com certeza esse termo parece estranho ao querido leitor. Podemos dizer que ele é um neologismo (Palavra ou expressão nova – Dic. Aurélio), ou seja, essa palavra pode ainda não ser comum nos dicionários de teologia, mas já existe na prática. Literalmente significa: Do grego ekklesía (igreja) + phóbos (horror); em outras palavras: medo de Igreja. 
Medo de Igreja? Isso mesmo, você não leu errado. Se você leitor é da velha guarda (com bons anos de fé) isso lhe parecerá impossível, mas se você é um jovem, talvez lhe fará sentido. 
          Ao conversar e conviver com alguns jovens (homens e mulheres)  candidatos ao ministério pós-seminário, tive uma surpresa: existem muitos jovens com medo de igreja. Conheço não poucos casos, em que pessoas que se formaram não querem iniciar o ministério pastoral, e outros que chegaram ao extremo, se apostataram da fé. E a pergunta que não quer calar é: Por que tem acontecido isso?                            
          Um das primeiras dificuldades que tem causado medo em muitos jovens pastores é o que concerne a vida finaceira. Muitos temem em passar necessidades com sua família no campo, e acabam por colocar na balança seu chamado em vez acreditar piamente na doutrina da providência divina. Devemos lembrar que antes de dependermos do presbitério e ou da igreja, dependemos exclusivamente de Deus, pois “Ele é o nosso sustento” SL 3.5. 
          Outra dificuldade é a institucional. Quantos visionários saem dos seminários? Creio que todos. Quantos permanecem assim? Somente uma ínfima parte. Quando a realidade chega, o pastor novato vai perceber que a realidade não é tão simples como parece, e que ele não conseguirá mudar o mundo sozinho, pois depende primeiramente de Deus, e depois de uma série fatores, como a própria igreja, o presbitério e a instituição em si. Estes segmentos não podem ser dissociados um dos outros. Mas, para muitos jovens pastores o presbitério é seu “inimigo”, pois este está buscando acima de tudo os números, ou seja, quantos membros tinha quando chegou, e quantos membros terá no final do ano. Essa pergunta realmente causa pavor a aqueles que acham que a instituição conspira contra ele, e se esqueçem de Atos  2.47 “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Deus acrescentará conforme a vontade Dele as ovelhas que estarão sob nosso cuidado, contudo, devemos nos esmerar diariamente. Assim, o presbitério faz parte de um todo, e não é inimigo do pastor, e sim, seu companheiro. 
          Poderíamos enumerar uma série de “medos” em relação à igreja, mas para encerrar, creio que a renúncia também é determinante. Muitos têm deixado o ministério ou nem entrado nele, pelo fato de ter que renunciar seus “sonhos”, em detrimento do chamado. Sentem-se privados de ter ou ser, e muitas vezes diminuídos perto de um médico ou de outro profissional importante. Billy Graham certa vez recebeu um convite para ser candidato a um cargo político nos USA, ao que ele respondeu: “Você acha que eu teria coragem de me rebaixar a um cargo desses, já que sou Ministro do Evangelho”. Ele realmente mostrava e dava o valor da excelência do ministério. 
          O que temos visto é que infelizmente existe uma desvalorização do chamado e do ministério, e que muitos jovens tem deixado essa benção por medo de não serem “reconhecidos” na sociedade, e desta forma muitos partem para alternativas seculares quando poderiam ser canais de bênçãos para a mesma. Emociono-me quando vejo o Ap. Paulo dizendo: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”. At. 20.24. Ele realmente amava seu chamado, e não tinha medo do ministério, qual recebeu de Cristo. Paulo ainda escrevendo a Timóteo diz: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 1Tm 3.1. E se você pastor e ou líder, que tem algum você jovem em sua igreja que deseja ardentemente o ministério, é necessário prepará-lo, experimentá-lo, se possível ser auxiliar em alguma congregação, para depois ir ao seminário, para saber se deparar com os “medos” recorrentes na vida de muitos jovens. 
          Querido leitor, o único medo que devemos ter é de não conseguir completar nossa carreira e não guardar a fé, pois a igreja é uma benção, e dono dela nos diz: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Que Deus cure os “medos” desta geração ansiosa!
Obrigado!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rodolfo Abrantes (ex-raimundos) no Altas Horas

Ta aí um cara que admiro muito. Já gostava do Rodolfo desde a época do Raimundos, e agora com a vida transformada como a minha, admiro mais ainda. Deixou a fama, o sucesso e o poder, para dar toda glória e honra a Jesus Cristo.
Assista! Deus abencoe grandemente ao @Rodolfoabrantes e banda

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A ESPIRITUALIDADE SEM O ESPÍRITO! (publicado recentemente pelo Jornal Aleluia)


Em pleno século XXI, estamos vendo um grande crescimento das religiões e das religiosidades. O fenômeno religioso pulula diariamente na sociedade que se diz racionalista, cética, agnóstica, evolucionista, desenvolvida, e se queremos ainda, pós-moderna. Assim, vemos que ainda não foi possível a morte de Deus, e que este continua vivo, e representado nas mais diversas formas e conteúdos. Desta forma concordamos com Vieira quando diz:
           
“Um número cada vez maior de pessoas tem procurado redimensionar, em nossos dias, o seu lado religioso e místico, resultado muito provável da ressacralização do Ocidente. Mudam-se as vestes, mas brota a questão urgente da religião e de um desejo profundo de encontrar-se com e, se possível, no sagrado. O homem parece não conseguir desvencilhar-se do velho fascínio pelo evento religioso e mágico. Quando parecia que Deus havia mesmo morrido e que a religião acabaria, novos deuses e demônios e um novo e desconhecido fervor religioso invadiu a sociedade que se imaginava secularizada”[1].

            A não ser nos meios universitários, raramente vemos alguém dizer que é Ateu. E este mesmo ainda assim tem algum tipo de fé, como: Acredita que Deus não existe, logo tem no seu ateísmo. Mas não é sobre estes que nos preocupamos, mas sim, com uma classe que diz “espiritual”. Pesquisas nos dizem que há um grande crescimento da religião e da religiosidade principalmente entre os jovens. O fenômeno religioso tem ganhado uma nova roupagem, sendo ressignificado e abrangendo todas as camadas sociais, desde a elite aos mais pobres. Verifica-se também, uma grande quantidade de literatura sendo publicada e consumida. Em nosso pleito entre os presidenciáveis, vimos o caráter religioso mais uma vez tendo participação com figuras que nada tinham de “espirituais”.
         É comum vermos dizeres em carros, orkuts, msns, como: “O senhor é meu Pastor e nada me faltará”; ou o mais clássico, “Tudo posso naquele que me fortalece”. E quando conversamos com esse tipo de “espiritual” sua linguagem é carregada do jargão religioso: “é benção pura”; “Deus está comigo” etc., e que acaba por legitimar sua expressão como tal. E justamente aqui está o ponto central de nossa reflexão: O paradoxo da Espiritualidade sem o Espírito.
A primeira carta de João cap.2.4 nos diz: “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”. Está nascendo uma geração que conhece a Deus somente de ouvir falar, mas que não conseguem verdadeiramente ver a Ele, pois se conhecessem teriam uma nova e transformada vida.
         O Pr. Jeremias Pereira da oitava Igreja Presbiteriana de BH, conta um fato em que um Tenente da PM (membro da sua igreja), foi chamado para conter uma briga entre as torcidas do Atlético e do Cruzeiro. Com a chegada da polícia no local, os torcedores correram para os ônibus, e ao entrar em um, o Tenente teve uma surpresa, depois do quebra-pau estavam todos cantando alegremente: “Entra na minha casa, entra na minha vida, meche com minha estrutura, sara todas as feridas, me ensina a ter santidade....” (música do Régis Danese).
Esse é um dos exemplos que temos visto a expressão de uma espiritualidade sem o espírito. O Profeta Isaías no cap. 29.13 nos adverte: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído”. Falar de Jesus é muito fácil, qualquer um fala, mas obedecer e ser fiel aos seus mandamentos, é o grande desafio a essa geração que se diz “espiritual”. E a esses o próprio Cristo conheceu e conhece muito bem, e chama-os de Hipócritas e Fariseus, ou seja, aqueles que não vivem o que pregam. Mas o leitor conhece mais prontamente pela versão popular: “Faça o que falo, mas não faça o que eu faço”. A verdadeira espiritualidade consiste em: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” Jo 14.21.
Para que Deus realmente resplandeça em nossa vida, há de convir que de uma mesma fonte não pode jorrar água limpa e água suja, pois o Espírito de Deus não habita em templos (corpos) sujos.

Deus nos abençoe!
*Esse texto foi Publicado recentemente pelo Jornal Aleluia: http://www.iprb.org.br/aleluia/jornalaleluia/jornal-do-mes.htm


[1] VIEIRA, Samuel. O Império gnóstico Contra-Ataca. Ed. Cultura Cristã, 1999. p. 80. São Paulo-SP.

terça-feira, 5 de julho de 2011

RENOVANDO VIDAS - MENSAGEM MINISTRADA NA IPR DE CAMPO VERDE-MT


Essa mensagem foi ministrada no dia 13/11/2010 na IPR de Campo Verde - MT, no Programa Renovando Vidas!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Estamos com fome de amor... (JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)


 O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???
Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos ...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!
Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho , sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama .... sexo de academia .. . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens  com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez  mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado , mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...
Mas e daí?  Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele...  E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

terça-feira, 31 de maio de 2011

NASCE UM FILHO (A), NASCE UM PAI!

Não poucos haviam me falado que eu não levava jeito para crianças. Chegaram até mesmo perguntar como eu seria quando eu tivesse minha filha, por ser demais desajeitado. Pegar recém nascido no colo, nem pensar, pois eram muito mole. E falar com crianças? Um dia em uma visita pastoral a casa de uma mãe com um recém nascido, minha esposa fez questão que colocar a criança em meu colo, e eu todo trêmulo e inseguro fiquei com ele um pouco nos braços. Até que ela disse: fala com ele, com voz fina rs... Como? Voz fina, não sei fazer isso, e a minha interação com a criança foi: “Eai neném” com se eu estivesse falando com um mano rs.. E é lógico que todos riram.. 
         Até mesmo eu duvidei do meu potencial patrístico rs..., quem sabe pelo fato de já ter levado muitos baques na vida, e minhas emoções se tornarem mais comedidas. Mas eu estava enganado. Confesso que não fiz como muitos no dia do nascimento da Rebeca, enquanto muitos choraram ao ouvir o primeiro choro dela, eu estive contido, quem sabe vergonha, temor, mas segurei. No entanto um sentimento inexplicável invadiu meu coração a tal ponto que eu cheguei a dizer, que “nem mesmo no meu casamento eu havia sentido tal”, pois daquele chorinho desesperado da minha filha em diante, algo nasceu dentro de mim, como um súbito instinto paterno, que começou a ensinar como proceder com a criança, mesmos em saber. Consegui pegar corretamente minha filha nos braços, dar carinho, e alguém que eu nunca havia visto, a não ser no ultrassom, passei a amar instantaneamente. 
          Mas ainda eu não estava completo, faltava um pouco mais. Ao receber alta, já na casa da minha sogra, minha filha começou a dar alguns sinais preocupantes, não chorava, não mamava, não acordava, enfim, não reagia. Minha esposa ligou para uma prima que é pediatra em Cuiabá-MT, e sua consulta foi exata, a neném estava com a glicemia baixa. Mesmo sem saber do que se tratava tal glicemia, percebemos que era algo sério, e o conselho da médica era que desse Nan já que não tinha forças para mamar. Naquele momento, descobri de fato o que era ser pai. Deu um nó na garganta, um desespero, uma vontade de chorar pela impotência em que nos encontrávamos, e mesmo assim, eu deveria parecer forte, pois minha esposa também estava abalada. Aquele sentimento é indescritível, pois nunca havia sentido aquilo antes, um amor arrebatador, misturado com compaixão e humanidade, foi mais ou menos isso que senti. No outro dia, a levamos a médica que a acompanhou no hospital, e ao medir o índice de glicose (um furinho no dedo), a prima médica estava certa, o valor era 56, e segundo a médica, 49 era caso de internação. Como nos sentimos? Precisa dizer? Descobri o que era ser pai... A médica orientou que então administrasse Nan a Rebeca de três em três horas, até que seu índice voltasse ao normal. Três dias depois novamente outro furinho no dedo, e os números nos animaram e a Rebeca já estava com 106, e um UFAAA bem grande nos fez respirar normalmente. 
          Depois deste susto, (ficamos sabendo que isso é normal a muitas crianças), descansamos o coração. Hoje a Rebeca está mamando normalmente, sua saúde está muito bem, e em nossos lábios há uma eterna gratidão a Deus, pela “Herança que nos deu” como diz o salmo 127.3. Ao olhar as suas mãozinhas, boca, e tudo com extrema perfeição, nos encantamos cada dia mais com o presente de Deus em nossa vida. 
          Hoje ainda mais percebo que Deus me deu uma guerreira, minha esposa, pois incansavelmente tem cuidado de nossa princesa (o que é cansativo). E nós homens deveríamos reconhecer que as mulheres nos dão um show em muitas coisas. 
          Hoje continuo sem falar fino rs..., mas aprendi a conversar e brincar com a Rebeca de uma maneira que ninguém precisou me ensinar. Sinto saudades dela mesmos estando junto todos os dias, e por vezes vou ao seu berço somente para olhá-la e babar rs... Estou aprendendo com minha esposa a cuidar e dar banho etc., e o restante que me faltava, nasceu juntamente com a Rebeca, pois sei que “Quando nasce um filho (a), nasce um Pai!”                       

Deus é Fiel e nós somos prova disso! Obrigado        

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Professora do RN dá um cala boca nos Deputados Estaduais!



Precisamos de quantas "Amandas" para falar a verdade em nosso país? Reflita!

sábado, 16 de abril de 2011

O OUTRO: O MASSACRE INVISÍVEL


Não preciso nem comentar que o caso “Massacre do Realengo” foi, e ainda está sendo o assunto Top 10 da internet. A partir de seu desvario, esquizofrenia ou qualquer coisa que dê uma resposta, o “Atirador” entrou para a história a partir de um ato covarde, tirando a vida daqueles que nada tinham a ver com seus aborrecimentos e frustrações (se é que ele passou por isso mesmo).                            
Um detalhe me chamou atenção no dia do desastre. Fora da escola no momento de socorro, pais de alunos queriam invadir a escola para “punir” o culpado, subentende-se linchar, mas quando forçavam o cordão de isolamento, alguém gritou que o assassino também estava morto. Logo, esfriaram os ânimos e se preocuparam somente com a vida e resgate dos filhos. 
O que percebemos é que em um ato como este, a nossa idéia de justiça está intimamente ligada a idéia de barbárie, ou seja, a vontade dos pais e dos telespectadores eram também de matar o atirador com rigores maiores que o dele mesmo, para que o prejuízo fosse de igual para igual, cumprindo novamente a Lei de Talião que diz: “Olho por olho, e dente por dente”. 
Então, nosso senso de justiça está ligado ao grau da maldade, quanto mais, maior a barbárie. E mesmo que ele não houvesse se matado, se fosse morto pelo policial ou linchado pela população, ainda assim, não veríamos nisso nenhum mal, pois “quem com o ferro fere, com o mesmo será ferido”. Nesse sentido, Michel Foucault diria: Não disse a vocês que seria assim! 
Mas nós humanos e pecadores que somos só conseguimos enxergar esse tipo de desgraça, dessas que chegam com barulho e audiência. Mas estamos vivendo dias em que existe um massacre invisível, silencioso, que não é percebido pela maioria das pessoas. Talvez eu e você façamos parte deste massacre. Mas a pergunta que não quer calar é: a quem estamos massacrando? O outro. 
Se para o atirador o Outro eram os adolescentes a quem matou, para nós o outro é quem queremos suprimir ou sufocar mesmo sem perceber, é aquele que gera estranhamento e mal-estar. E segundo Sartre: “O inferno são os outros”. 
Massacramos o outro quando discriminamos por cor, raça ou religião; massacramos quando nos sentimos prepotentes e superiores; massacramos quando traímos a confiança de um amigo, ou quando brincamos com o sentimento de alguém; massacramos quando traímos a namorada(o) ou esposa(o), e nos desculpamos com alguma mentira teatral; massacramos quando enchemos a cara de cachaça ou droga e ferimos ou matamos alguém de acidente; massacramos quando contribuímos para a calúnia, infâmia e mentira; massacramos quando humilhamos alguém por causa de suas idéias e ideologias; massacramos, massacramos... 
A diferença ou semelhança do massacre do realengo e de nós, é que aquele chamou muita atenção, e o nosso massacre é invisível e silencioso. Não podemos falar ou cobrar justiça, quando não praticamos a mesma. 
Valorize a vida, e não mais massacre!

"Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe; Ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida." Provérbios 6.16-23

Deus nos abencoe, Obrigado!

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