terça-feira, 24 de março de 2020

Meu Poema sobre o Corona


A palavra vírus é um substantivo masculino, então por que lhe colocaram o nome de Corona? Até rima com Madona e, por isso, lhe chamarei de dona. Mas te digo, ficou bem cafona.

Para amenizar sua barra, pois o momento ocasiona, lhe chamaram de Covid-19, esse sim impressiona.

Quando a mídia começou a falar de você pensei, deve ser mais uma brincalhona, que não fará mal, e que logo se desmorona, uma fanfarrona.
Mas eu estava enganado, na China você fez uma zona, com seu jeito de mandona, deixando muitos na lona.

De onde você veio que impressiona. Os teóricos da conspiração falaram que você espiona, o senso comum diz que você veio do morcego, e por isso que detona, já os cientistas, te acham pesadona.

A China agiu rápido, pois sempre foi sabichona, preparou Wuhan sem deixá-la pobretona.

Da China você foi para a Itália, fico imaginando com quem você pegou carona, visto que é uma fujona.

Chegando lá a verdade veio à tona, você aprisiona, mas não estaciona. Você criou uma verdadeira maratona na vida dos italianos, deixando Roma bem esquisitona.

Nos hospitais você pressiona, congestiona, deixando milhares esperando na poltrona. Milhares de velhos foram parar em uma caixona, sem poder ter enterro digno, deixou muitas pessoas tomando cortisona.

Na quarentena, a família tornou-se comilona e muitas até se tornaram brigonas. Ir para rua, nem mesmo usando japona.

Algumas pessoas ficaram em casa, outras, decepcionam. Uns foram sensatos com as Fake News, outros nem mesmo questionam.

Da Itália você foi para Paris, de Paris para Barcelona. Nessas cidades você se portou valentona. Da Europa você foi para o Arizona, mais uma vez, não sei quem lhe deu carona. Nos EUA o Trump achou que você não impressiona, e por isso que não sanciona leis que funcionam. Vamos esperar para ver, se o presidente ao menos, se emociona.

No Brasil não demorou sua visita, da China e Itália te trouxeram de carona. Nosso presidente te considerou amigona, apenas uma gripezinha que se cura com açúcar e mamona. Histeria ele disse, você logo desmorona. Mas você me lembra uma matrona, madura mesmo sendo nova, não é uma meninona.

Decretos e decretos, agora vamos parar. O governador sanciona, mas o presidente quer derrubar. A mídia te menciona diariamente sem parar, mas o nosso presidente diz que você não consegue apaixonar.

O governo pressiona, e diz que ficar em casa é o que funciona. Mas tem gente resmungona que só decepciona, desobedece a quarentena, pois não equaciona.
Quanto tempo vai durar não podemos saber, mas me tornar uma pessoa chorona, é o que eu não quero ser.

A economia está bem desanimadona, e as bolsas de valores mais parecem uma sanfona.

Minha igreja não vai fechar, diz o Silas Malafaia, só quero ver quando o povo começar a chorar. A igreja do Silas não fecha, ela é bem grandona, precisa dos fiéis, pois a conta é pesadona.

Com sua fé em Deus, o cristão se emociona, crê na soberania Dele, e por isso não questiona.

Dona Corona, vê se não me detona, pare de pegar carona, vê se estaciona.

Prof. Jean Carlos Pereira – Campo Verde - MT

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3 comentários:

  1. Gostei muito.
    Diferente e inteligente

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  2. Parabems.. essa dona tirou de você um poema que da para uma musicona

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  3. Muito bom. Em poema traçou toda trajetória epidemiológica e cenário político. Genial.

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