segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Fascismo Religioso!

Atenção! Qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência.

            O Fascismo é uma corrente ideológica de extrema-direita que teve início na Itália no séc. XX, mais especificamente com Benito Mussolini. O Fascismo se tornou famoso na Europa no período da Segunda Guerra Mundial, e ganhou forças ao se aliar com o Nazismo de Hitler, tornando-se então o Nazi-fascismo. O Fascismo se tornou tão sedutor que até mesmo aqui no Brasil na Era Vargas, tivemos a inserção do mesmo, com a AIB (Ação Integralista Brasileira) com Plínio Salgado. Sendo assim, o Integralismo no Brasil foi uma “cópia” do Fascismo Italiano.
Em linhas gerais, o Fascismo prega um estado nacionalista, culto ao líder (liderança carismática), uso de símbolos, emblemas e saudações, propaganda massiva, e a repressão militar (totalitarismo). Enfim, para quem quiser saber mais sobre Fascismo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo

A palavra fascismo com o tempo foi associada a qualquer sistema de governo que, de maneira semelhante ao de Benito Mussolini, exalta os homens e usa modernas técnicas de propaganda e censura, fazendo uma severa arregimentação econômica, social e cultural, sustentando-se no nacionalismo e em alguns casos até na xenofobia, privilegiando os nascidos no próprio país, apresentando uma certa apatia ou indiferença para com os imigrantes”.

Fazendo uma leitura do Fascismo e da “Performance Religiosa” de alguns líderes, chego a conclusão mais do que depressa, que estamos vivendo uma espécie de Fascismo Religioso (é claro, salvo as devidas diferenças). Embora crendo que a maioria dos líderes religiosos desconhece o que é um estado nacionalista, na prática percebemos isto muito bem nas igrejas e ou instituições, onde é visível o individualismo, o separatismo e a segregação de irmãos até mesmo do mesmo Credo. Nos consideramos irmãos por comungar da mesma fé (Bíblia e Jesus Cristo), mas na prática é cada um por si e Deus por todos, e o que interessa é se minha igreja e ou denominação-instituição está “crescendo”, não importando se outras estão padecendo, logo a idéia de Cristo de um “Reino de Deus” é uma utopia, pois os FR(Fascistas Religiosos: vamos usar esta sigla para nos referirmos a eles), se importam somente com seus próprios reinos e umbigos.
Outra característica marcante do Fascismo é o culto ao líder. Essa quem sabe é a mais fácil de ser identificada hoje em dia na maioria das igrejas (católica, protestante etc., etc.). O líder tem buscado para si holofote e um patamar superior aos dos demais irmãos, e hoje mais parecem os sacerdotes do Antigo Testamento, em que o povo dependia deles para se relacionar com Deus. Os “FR” estão acabando com a doutrina do sacerdócio universal, e estão se colocando como os novos mediadores entre Deus e os homens, pois a eles foi dado o “Poder, Unção, Revelação, etc.”. Os “FR” geralmente são bonachões, simpaticíssimos, cordiais, “muito espirituais”, eloquentes e visionários. “O líder fascista foi em regra um ator exagerado, procurando seduzir as massas populares para o seu papel messiânico”. Com o álibi da “Honra”, os “FR” tem sistematicamente implantando na cabeça de seus membros, que os mesmos devem “honrá-los” a todo e qualquer custo, chegando a beira do ridículo e da náusea. As vítimas dos “FR” estão endeusando e cultuando seus líderes de tal forma, que as vezes fico me perguntando se de fato a glória é mesmo de Deus.
O Fascismo também conta com o uso de  símbolos, emblemas e saudações. No Fascismo Italiano o símbolo era o Feixe, na AIB era o Sigma grego com a saudação Anauê, e no Nazismo a suástica, com a saudação Heil mein Führer. Todos estes com a mão direita levantada e a palma da mão para baixo. Os símbolos e emblemas não é o forte dos “FR”, embora alguns utilizam alguns que caracterizem algum tipo de espiritualidade (arcas da aliança, broches, cruz, castiçais (menorah), estrelas de Davi, mantos judaicos, estolas medievais, chapéus etc..), há alguns usando até quipá agora rs... (e diga-se de passagem, dizem que não são judeus). Mas a saudação é um item indispensável para todo bom “FR”, pois precisam ouvir quem são para se auto-afirmarem. Mas infelizmente, algumas nomenclaturas (títulos) que até pouco tempo eram considerados importantes, caiu em desuso, como Pastor e Missionário. Agora, ser pastor é coisa do passado, a moda agora é ser Apóstolo, Bispo, Arcebispo, Pai-póstolo (existe?), Patriarca (achei que era só Abraão, Isaac e Jacó), Reverendo, Papa, etc., etc.. Sei de um caso em que um jovem seminarista amigo meu chegou em sua igreja e foi cumprimentar seu pastor, e pela sua infelicidade, não sabia que o mesmo agora era Apóstolo, ao que respondeu: “Pastor não. Agora eu sou Apóstolo!”, e por ai vai...
Os itens do parágrafo acima são acompanhados por outra característica também Fascista, a propaganda em massa. Os “FR” tem a mídia como aliada, e não medem esforços nem investimentos para que seu nome apareça em DVD, CD, Banners, Outdoors, Folders, Midias Sociais, e sem esquecer a caixa quadrada de Led. Assim, quanto mais propaganda, mais os “FR” ficam conhecidos e adquirem status e poder. Goebbels que o diga...
A característica mais perigosa do Fascismo (repressão militar) é também a mais perigosa arma dos “FR”. Mas ao contrário dos Fascistas que matavam o corpo, os “FR” matam a alma. Acreditam que Jesus conferiu a eles, o mesmo que ao Apóstolo Pedro “O que ligardes na terra, será ligado nos céus. E o que desligardes na terra, será desligado no céu” Mt. 18.18. Assim, os “FR” praticam uma repressão religiosa, um Totalitarismo religioso e quem ousar discordar dos seus ditames e caprichos podem estar beirando a porta do inferno. Não poucas vezes vi “FR” dizendo que não abençoaria a saída de membros de suas igrejas, e que estes estariam debaixo de maldição, pelo simples fato “dele” ter o poder de abençoar ou não. Não acredito que tais líderes estejam investidos da graça e unção de Deus. As vítimas dos “FR” geralmente se sentem coagidas e amedrontadas, pois temem “se levantar contra os ungidos de Deus” (esse é um dos versículos preferidos deles). E desta forma continuam debaixo do jugo imposto por eles, e preferem sofrer com a seguinte desculpa: “Eu não estou olhando para o homem, mas para Jesus”, e parafraseando um amigo “Se eu não ver Jesus na vida do meu irmão ou líder, onde é que eu vou ver?”.
Os “FR” têm criado muitas feridas religiosas em seus liderados. Muitos hoje têm trauma de igreja, porque um dia sofreram na mão de algum “FR”. Outros ainda não se acham mais dignos de voltar à comunhão (acreditam que estão perdidos para sempre), por que os tais um dia os excluíram; outros ainda acreditam que “as coisas não estão dando certo na vida”, porque um “FR” amaldiçoou a saída dele da igreja.
Se você faz parte de alguma comunidade religiosa (de qualquer ordem), e percebe essas características em seu líder, tome cuidado, você está correndo perigo. Aconselho-te que você corra rapidamente as páginas do Novo Testamento para perceber que isso não tem nada de novo, e que o nosso Senhor Jesus Cristo já havia nos alertado “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”. Mt. 24:24.; e ainda,  Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”. Mt. 7:15.
A notícia boa é que você não está sozinho, e que o próprio Deus havia dito ao profeta Elias, que “ainda existiam 7mil que não haviam se dobrado a baal”. Assim, creio piamente que da mesma forma que existem muitos “FR” por ai, ainda existem muitos homens e mulheres de Deus, que pregam o evangelho pelo evangelho, não buscando qualquer recompensa a não ser a eterna (que, aliás, foi prometida pelo próprio Senhor). Se existem os maus líderes, é que também existem os bons.
 Jesus nos deu vida e vida com abundância, e não um novo fardo, “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Mt. 11:29 Amém!

Obrigado Senhor.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O LÍDER, E OS DESAFIOS DA PÓS-MODERNIDADE


"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."  (João 8 : 32).

 

         A idéia ou conceito de “Pós-modernidade” ainda não é consenso entre os pensadores (educadores, filósofos, historiadores etc.), todavia a cada dia cresce a “adesão” a essa corrente que sorrateiramente tem se alojado em nosso meio. O termo pós-modernidade foi empregado pela primeira vez na década de 30, pois segundo os pensadores da época, o mundo estava vivendo um processo de transição. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, o mundo teve pelo menos quatro “grandes” modelos ou paradigmas que norteavam a humanidade, como: Capitalismo, Comunismo (socialismo), Fascismo Italiano e o Nazismo Alemão.
     Terminada a guerra, ficou provado que o Nazi-fascismo foi uma desgraça para o mundo, logo foi eliminado e restando por vez o Capitalismo e Comunismo, dando início a chamada “Guerra Fria”. Ao final da década de 60 e início de 70 houve a chamada Crise dos Paradigmas do mundo, e a partir daqui o termo pós-modernidade ganha atenção generalizada, tornando-se uma resposta as crises que o século XX enfrentou.                        O Pós-modernismo é uma rejeição ao projeto Iluminista (movimento filosófico do séc. XVIII), que defendia a racionalidade, progresso e objetividade da ciência e da natureza. Segundo os pensadores pós-modernos o mundo está vivendo um processo de relativização de tudo, ciência, natureza, ser humano, religião etc. Logo, existe um pessimismo tomando conta do mundo, por não existir segundo eles, uma verdade absoluta.

A pergunta do líder: E o que a pós-modernidade tem haver comigo?

        O líder “antenado”, perceberá que existem alguns desafios que sutilmente estão ao nosso redor. Quem sabe não percebemos isso no ambiente e ou comunidade da igreja, mas estamos inseridos em círculos de amizades, trabalho, faculdade, mídia, enfim, no contexto cultural que vivemos, o pós-modernismo está bem presente. 
     Exemplo: Para você líder, a palavra de Deus é a verdade? Certamente que sim, mas para o pós-modernismo não. Para o pós-modernismo, a palavra de Deus é a minha verdade, a verdade da minha comunidade (igreja), mas não a Verdade com V maiúsculo, para o mundo. Ora, está mais do que claro que se a palavra de Deus (que para nós é a verdade) está sendo relativizada para o mundo, de fato a pós-modernidade é um grande desafio para o líder que é fiel as escrituras e comprometido com os valores do Reino de Deus.                                                                         
     Das várias características que constroem a pós-modernidade, refletiremos somente acerca de duas (pois senão o texto se tornaria muito longo), tornando-as como desafios a nós líderes:

1. O desafio da relativização da verdade:
 
Nos sábados de manhã você liga a televisão e vê programas evangélicos, com conteúdos que vão desde reformados a neo-pentecostais, e quando termina a programação você fica com a seguinte pergunta? Quem é que está certo? Os Reformados? Os Pentecostais? Os Neo-pentecostais? Os G12? Espera ai, a base para todos não é a mesma, ou seja, a bíblia sagrada? Sim! E por que então temos toda esta divergência? Por que estamos relativizando a verdade, e em vez de retornarmos as escrituras como ela é, estamos arrumando um “jeitinho brasileiro” para encaixar nossas idéias, que na maioria das vezes são incompatíveis com a palavra de Deus. Jesus Cristo já havia nos alertado: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."  (Jo. 8 : 32).

Se o mundo, dito pós-moderno está vivendo uma crise da “verdade”, ou seja, não existe uma verdade absoluta, nós líderes mais do que nunca, devemos nos agarrar na verdade que é a palavra de Deus.  Um dos lemas da reforma Sola scriptura parece que caiu em desuso, e líderes usam as escrituras a seu bel prazer, interpretando-a conforme a ocasião e necessidade. É aqui que infelizmente recebemos uma característica da pós-modernidade: a relativização da verdade. Lutero nos diz: Paz se possível, mas a verdade a qualquer custo”. 
Nestes últimos dias da igreja na terra, o que realmente vai fazer a diferença não são as “verdades recebidas por revelação” (geralmente isto só acontece para uma seleta classe...), mas a palavra de Deus, assim como ela é, no Sim Sim, e no Não Não.

2. O desafio da construção da identidade (Identidade Líquida):

Segundo os pensadores pós-modernos (como Zigmunt Bauman), o homem está se moldando a qualquer ambiente ou cultura, chamando isto de identidade líquida. É como você pegar água e colocar em um recipiente redondo, logo ela se tornará redonda, num quadrado, quadrada e por ai vai. 
Já é claro para todo mundo que nós Presbiterianos Renovados não somos homogêneos nem na doutrina (reformada) nem na liturgia, nem..., deixa pra lá. O que aconteceu foi que cada líder se dirigiu a um porto nem sempre seguro. Parafraseando: “E quando um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável” (autor anônimo). É claro que nosso maior referencial é Jesus Cristo, mas na prática não parece. Pois as vezes estamos parecendo Marcos Felicianos, Renes Terras Novas etc.. (é só um exemplo, não levem a mal). Estamos nos identificando com os “ícones” desta geração e construindo nossa identidade e teologia em cima dos mesmos, estamos parecendo não os soldadinhos de Jesus, mas dos fulanos e dos cicranos. E a quem poderíamos imitar que se colocou como referência a nós (Apóstolo Paulo) não imitamos: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (ICo. 11.1). Mas a outros, parece que alguns imitam e diga-se de passagem, muito bem.
A identidade líquida como se não bastasse, criou o que eu chamo de Líder Status e Líder Mercado. Ser líder hoje não é de todo ruim, pois se tornar líder pode me dar uma ascensão, e nesse caso religiosa, que eu talvez não conquistaria nos meios seculares. Exemplo: Você com certeza já ouviu a velha profecia sobre ministério: “Eis que te chamo para uma GRANDE obra. Você será conhecido internacionalmente, e viajará para os quatro cantos do mundo. Te colocarei entre os grandes, e você será cabeça e não cauda” Não estou dizendo que isto é impossível a Deus, o que quero salientar é que ser Líder pode me trazer um Status que eu com meus próprios esforços eu nunca conseguiria, mas agora a igreja (liderança) pode me dar esta possibilidade. Imagina: Eu, Jean Carlos do interior do MT, de uma cidadezinha de 30 mil habitantes se tornar famoso no mundo todo? Isso é bom de mais... Bom para meu ego, mas não para a glória de Deus. 
E o Líder Mercado está atrelado ao Líder Status, ou seja é a conseqüência do primeiro. É comum você ver cantores, pregadores etc., dando os sofridos testemunhos que passaram fome e todo tipo de privações possíveis, não é mesmo? Mas estes mesmo quando ganharam Status, passaram a ter uma conduta bem diferente de seu chamado inicial, pois quando são convidados a cantar e ou ministrar cobram absurdas quantias, absurdas mesmo. A poucos dias ouvi que um “cantor evangélico” está cobrando 80 mil reais por show, eu disse 80 mil. Fala sério, isso é “fazer a obra?”. Concordo plenamente que “Digno é o obreiro do seu salário”, que ele tem despesas, família para cuidar, músicos, instrumentos etc. Mas isto é abusivo, é se tornar um líder mercado. Sou contra também igrejas que agem de má fé, fazem seus convites e despede o obreiro com o singelo “Deus abençoe”. Devemos aprender a honrar nossos obreiros, e ofertar na vida deles “uma medida recalcada, sacudida e transbordante”, mas sem abusos.
Enfim, para que quero ser líder? Para Status? Mercado? Ou para carregar a cruz? Paulo aconselhando a Timóteo a ser um verdadeiro líder: “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo."  (II Timóteo 2 : 3). Tenho sérias dúvidas em relação a motivação de alguns líderes das igrejas brasileira, se estão servindo a Cristo por amor, ou por vanglória. 
A pós-modernidade pode ser um perigo para quem não tem Cristo como referência, pois se assim fosse, seríamos de fato Cristãos, ou seja, cópias de Cristo. Já que estamos vivendo momentos flutuantes nesta era pós-moderna, a palavra de Deus é a chave para preencher a lacuna e o vazio existencial do mundo. A pós-modernidade pode nos ensinar a ter uma “identidade líquida”, uma que só se molda na palavra de Deus.
Obrigado!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A NECESSIDADE DE PODER!


          Um dia quando estava pescando, parei para pensar nos gestos, falas e reações que tinha ao pegar um peixe, exemplo: (hahaha te peguei safado, sabia que você não escaparia, hahaha, pode avisar seus irmãos que vou pegar eles também!), isso somado a toda euforia e êxtase possível. Já imaginou a cena? E se o peixe tivesse raciocínio ele diria, quem é esse maluco? 
         Assim, comecei a me perguntar por que eu gostava de pescar? E a partir desta indagação nasceram outras perguntas semelhantes, como: Por que os homens gostam de caçar? Por que os homens gostam de parecerem fortes, musculosos ou lutadores? Por que os homens gostam de carros potentes e velozes? Por que os homens gostam de ostentar riqueza e status social? Por que as mulheres gostam de parecerem “turbinadas”, ou seja, siliconadas a ponto de serem chamadas de adjetivos como, gostosas etc.? 
        Recorrendo a psicologia encontrei um Österreicher (austríaco) chamado Alfred Adler, que elaborou um conceito muito interessante chamado, “A necessidade de Poder”. Segundo Adler o homem (ser humano) diariamente precisa do outro para se auto-afirmar, ou seja, eu me completo com o outro. Não que eu dependa necessariamente do outro, mas que para eu ser quem eu sou preciso de espectadores, ou seja, eu brincar sozinho não tem graça. Mas quando mostro meus “brinquedos” ao outro, recebo dele o que justamente preciso para me sentir bem, o famoso UAUUUU. E quando recebo o desejado Uau, eu me realizo, e isso me torna aceito com meus pares, e enfim, me sinto poderoso, e a necessidade de poder que tenho é satisfeita.                     
       A partir disso, quando olho para as relações sociais de homens e mulheres de toda classe social e faixa etária, percebo que a necessidade de poder está mais presente na humanidade do que se imagina. Já cheguei a ouvir de um jovem: se para “fazer moral é preciso usar drogas, então vou usar essa p....”. O que é fazer moral? Me explica por favor! Esse é só um dos vários exemplos que se pode perceber, na famosa “Sociedade do Espetáculo”. Essa sociedade está sendo formada por pessoas que precisam utilizar-se de qualquer mecanismo ou futilidade para parecer e ser aceito: Status (de qualquer tipo, de qualquer mesmo); Força (o UFC é uma prova disso); Sexualidade (precisa comentar?); Dinheiro (mesmo que não tiver, faz parecer ter); Objetos (carro, casa, celular, roupa de grife etc.); e até mesmo o conhecimento (a busca pelo conhecimento é uma forma de poder, eis a velha máxima: “saber é poder”).    
          Enfim, vivo não para mim, mas para o outro. O importante é o que os outros vão pensar e falar, e que falem bem (por favor). É mais ou menos assim: “Cara você viu o carro que o fulano comprou? Vi sim, que loco meu, ele é muito fera... Se eu tivesse um carro daquele ein...”; ou ainda: “Você viu a bolsa que a fulana comprou? Nossa, você não sabe quanto ela pagou? Foi 2.500r$, nossssa, ai que sonho..., ai se eu tivesse uma!” A pergunta é: O que mudaria? Faria o ser humano mais feliz, realizado ou completo? De forma alguma, continuaria o mesmo, quem sabe até pior, a relevância é que receberei o que preciso para viver, meu sonhado Uauuu, e quando o recebo, me sinto poderoso(a).    
        O poder sempre foi um bichinho que existiu no inconsciente coletivo da humanidade. Por ele, reinos existiram e se extinguiram; religiões se digladiaram; filósofos travaram acirradas disputas; mulheres entraram e saíram da História; e o Nazismo quase.... Existe um velho ditado: “Quer conhecer alguém, dê poder a ele”, existe um outro verdadeiro: “Deus não dá asa a cobra”. É comum você ver pessoas comendo “ovo e arrotando caviar”, ou seja, precisam sempre parecer, porque isso é o importante. A grande mola propulsora deste tipo de atitude chama-se MÍDIA, e o que a caixinha quadrada (televisão)  me diz, “digo sim senhor, não senhor”. A grande maioria da humanidade é o seu produto final. 
      Infelizmente isso irá continuar, mas cabe a mim e a você decidir quais são nossas prioridades, e o que de fato preciso para viver, e me sentir bem. Já imaginou a possibilidade de só nos sentirmos poderosos quando estivermos fazendo o bem ao próximo? A Justiça e equidade? A verdade e a ética? O Amor e a compaixão? Me desculpe, mas eu ainda acredito em valores eternos, ainda que pareçam utopias. Confesso, tenho uma necessidade de poder: Poder ser, e não parecer...

“Eu sei que ainda não sou quem eu deveria ser, mas também sei que não sou quem eu era” – Martinho Lutero.

Obrigado!

segunda-feira, 12 de março de 2012

CARTA AOS ATEUS!

 Tolerância e intolerância são as palavras preferidas do vocabulário ateu. Acusam-nos de sermos intolerantes, e que devíamos aprender a “respeitar” o outro. Será que na prática isto é assim mesmo? Vamos aos fatos.
    É de praxe você encontrar (in loco) algum ateu nas redes sociais questionando a existência de Deus, (até porque este é o maior incômodo da vida deles, esse é o seu projeto existencial, provar que Deus não existe), e até mesmo desrespeitando a crença alheia, ou ainda ao nosso ver, blasfemando, zombando e escarnecendo de nossa fé. Querido leitor, já te faço uma pergunta: Será mesmo nós cristãos os intolerantes??
     Os ateus deveriam se espelhar na vida de seus mestres como Voltaire que disse: “Posso não concordar com uma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-lo”. Isso nossos caros ateus não fazem, pois nos tratam como ignorantes e massa de manobra, como se fossemos os mais ingênuos da terra. Ainda em Voltaire, “Se Deus não existisse seria preciso inventá-lo”, as palavras do Iluminista francês vem ao encontro da afirmação do psicólogo alemão C. Jung, parafraseando: “A idéia do divino é um arquétipo coletivo da humanidade”. Ora, só temos a idéia de um Ser transcendente (Deus), porque este Ser quis se comunicar ou se revelar a nós. Assim, a partir de Mircea Eliade (Historiador das Religiões),”... não existe nenhum povo, ou tribo se quer, que não tenha a idéia da existência de um ser transcendental (divino)...”.
    Nossos caros ateus nos acusam de sermos intolerantes. Vamos ver o que nosso mestre fez (Jesus), e o que os mestres deles fizeram. Jesus em seu ministério terreno, alimentou os famintos, consolou os angustiados, curou os enfermos, chorou pela morte de Lázaro. Lidou com toda classe social, pobres, ricos, leprosos, prostitutas, beberrões e chegou a ganhar um apelido: “Amigo dos Pecadores”. Jesus respeitou as diferenças, o poder instituído de sua época (Império Romano), e se submeteu ao julgamento ou ao crivo da religião predominante (judaísmo). A bíblia ainda nos diz, que, “como um cordeiro mudo foi levado ao matadouro”.
    Um dos grandes mestres dos ateus, Marx, que era da linhagem judaica e disse certa vez que “A religião é o ópio do povo”. E para provocá-los vou fazer das palavras de Raymond Aron as minhas: “Se a religião é o ópio do povo, o marxismo é o ópio dos intelectuais”. Na revolução de 1917 e em toda existência da URSS (União das Republicas, Socialistas Soviéticas), uma das metas do sistema era reprimir qualquer manifestação religiosa. Padres, pastores e clérigos em geral foram mortos nas mãos dos comunistas (ateus), e igrejas se tornaram departamentos políticos. Quem ousa-se ter alguma manifestação religiosa, ou era exilado para Sibéria ou pagava com a própria vida, e a famosa polícia KGB se encarregava do serviço. E se acharem que estou fazendo um historicismo (forçando uma história), temos um exemplo brasileiro, o Pr. Josué Irion, e outros pastores foram presos e torturados pela KGB em moscou, por portarem bíblias. A carnificina foi tanta nos governos de Lênin, Trotsky, chegando ao ápice no de Stalin, e ao chegar ao comando do regime, Nikita Krushev, denunciou ao mundo as atrocidades do regime comunista que, pregava a igualdade entre os seres humanos, mas que na prática, o que se viu foi outra coisa.
     Caro leitor, também tenho o pensamento de esquerda, penso sim na igualdade social, como Cristo pensou, e como no livro Atos dos Apóstolos mostra At. 2.42-47, que os cristãos tinham tudo em comum. Contudo, será que nós que cremos em Deus é que somos intolerantes? Será que em nome de uma pseudo-igualdade, podemos usar todos os meios para um fim? Será que pelo derramamento de sangue, é que traremos a igualdade para o mundo?
    Sabemos sim e reconhecemos que, Cuba tem uma das melhores educações e saúde do mundo. Mas quando vamos olhar a construção do comunismo naquele país, vemos que o derramamento de sangue esteve sempre presente, mesmo na vida do aclamado Ernesto Guevara, o Chê, (obs. tenho camiseta dele), e na vida de Fidel e de seus revolucionários. A repressão religiosa também foi uma constante lá. Olhando para Cuba hoje, o país do comunismo, se vê uma nação que agora está abrindo as portas para o capitalismo, pois está mais que claro que o comunismo se tornou uma utopia para o mundo (não que eu seja a favor do capitalismo).
     Só será possível a igualdade no mundo, quando tivermos referenciais, ou exemplos, como Cristo o foi para a humanidade, pois as tentativas socialistas fracassaram.
     Outro mestre dos ateus, Friedrich Nietzsche é reverenciado por ser o grande expoente do ateísmo. Gostaria de saber se algum dos ateus já leram a “Oração ao Deus desconhecido”, se leram não entenderam, e se entenderam não a divulgaram. Nietzsche é um típico exemplo de anacronismo, onde todo Ateu sem causa o cita sem o conhecer, pois Nietzsche foi um filósofo que questionou a instituição religiosa de sua época, era um homem descontente com o que fizeram com Deus, mas não necessariamente ateu. O “deus” que para Nietzsche morreu foi o “deus” que já nasceu morto: o “deus” da religião.
     Nossos queridos ateus acusam as instituições religiosas por grande parte dos problemas do mundo. Nisto reconhecemos, e dizemos que não temos nada a ver com a Idade Média e seus Papas, nem com Edir Macedo e nem com Valdemiro Santiago. O Cristo não tem nada a ver com a cristandade. Os problemas criados em nome de Deus, não tem nada a ver com Deus. Não temos culpa se alguns legitimaram e legitimam suas ações criminosas, patifarias e heresias em nome de Deus.
    Os ateus acusam as igrejas de não ajudarem a combater as mazelas sociais. Isto é verdade, mas nem totalmente, pois toda a generalização é mentirosa e covarde. Existem igrejas sim, que primam pelo amor ao próximo, mas temos que ter em mente que Deus não vai descer do céu para resolver os problemas aqui em baixo, já que ele tem os homens para fazer esse trabalho. O grande problema é que, como diz o salmista, “Não há quem faça o bem, não há um justo sequer” Sl 53., Deus nunca desejou ver sua criação como está, mas os meios que Ele dispõe a mão, os homens, se tornaram gananciosos e amantes de si mesmo, e assim, não conseguem olhar além de seus próprios umbigos.
     Queridos ateus e agnósticos, vocês já tentaram resolver os problemas sociais e não conseguiram, nem com o Humanismo, nem com o Iluminismo, nem com o Comunismo, nem com o existencialismo e nem com a pós-modernidade. Então faça-nos um favor, não acuse Deus pela desgraça que está o mundo, pois Ele não é um banco nem um balcão de mercado, e por favor, diferencie as “igrejas” do evangelho de Cristo, pois “Nem todo aquele que diz senhor, senhor, entrará no Reino dos Céus”, o evangelho é muito nobre para ser comparado com a deturpação que há em nome dele nesse tempo.
    Senhores ateus sem causa, só me resta concluir que de fato, não somos nós os intolerantes, mas vocês mesmo. Ninguém é obrigado acreditar em Gênesis ou em Darwin, mas precisamos nos respeitar e conviver com o diferente, com o outro. Nunca saí blasfemando contra o ateísmo, mas respeito quem não acredita em Deus, e tem todo o direito de não acreditar, pois acima de tudo isso envolve fé. Dos bons amigos que tenho, um era ateu convicto, e nunca tivemos nenhum problema, pois respeitávamos um ao outro.
 
Senhores ateus, se querem TOLERÂNCIA, sejam tolerantes!
 
Obrigado!
    

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Socorro! O pastor quer judaizar o cristianismo. (Texto do Pr. Renato Vargens)

Uma das mais novas crenças dos denominados evangélicos é o cristianismo judaizante. Na verdade, este movimento religioso e herético é a  nova febre da atualidade. Isto porque, alguns dos evangélicos têm introduzido praticas vetero-testamentárias nos cultos e liturgias de suas igrejas. Na verdade, tais pessoas têm declarado que o resgate dos valores judaicos é uma revelação de Deus a igreja contemporânea, cujo slogan é “Sair de Roma e voltar para Jerusalém”.

Outro dia fiquei sabendo de um  pastor que resolveu pesquisar a sua árvore genealógica visando descobrir se possuía ascendentes judaicos. Pois é, o pastor em questão, gastou uma grana na expectativa de se descobrir judeu. Se não bastasse isso, o pastor-judeu-cristão, não come carne de porco, odeia camarão e obriga com que os filhos usem o kipá na escola onde estudam.  Isso sem falar que o dito-cujo não menciona o nome de Deus, chama Jesus de Yeshua e incentiva a circuncisão.

Nos cultos destes modernos fariseus encontramos práticas como:

1-Tocar de costas para a congregação, por considerar os ministros de musica “levitas de Deus”.
2- Usar o Shofar, para liberar unção ou invocar a presença divina.
3- Guardar o sábado fezendo dele o dia do Senhor.
4- Observar TODAS as festas Judaicas.
5- Usar o Kipá e o Talit, que são as vestimentas que os judeus praticantes usam para ir a sinagoga.
6- Usar excessivamente símbolos judaicos tais como, a bandeira de Israel, o Menorah ou a Estrela de Davi dentre tantos outros mais.
7- Construir protótipos da Arca da Aliança a fim de simbolizar entre os cristãos a presença de Deus.
8- Mudar os nomes e as nomenclauras bíblicas judaizando tudo, a ponto de chamar Paulo de Rabino.

Caro leitor, não existem pressupostos bíblicos para que a igreja de Cristo, queira “recosturar” o véu do templo. Entretanto, alguns dos crentes atuais teimam em transformar em realidade aquilo que deveria ser uma simples sombra. Foi o Apostolo Paulo quem afirmou: "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados. Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo", Colossences 2.16-17.

As leis cerimoniais judaicas, os ritos sacrificiais, as festas anuais, foram abolidas definitivamente por Cristo na cruz do calvário(o significado de cada uma delas se cumpriu em nosso Senhor). Por esse motivo, mesmo os judeus que se convertem hoje ao cristianismo estão dispensados das leis cerimoniais judaicas. É por esta razão que crentes em Jesus, não fazem sacrifícios de animais, não guardam o sábado, não celebram as festas judaicas, não se prostram diante a Arca da Aliança e nem tampouco fazem uso do shofar.

Nossa mensagem, vida e testemunho deve ser Cristo, o Evangelho pregado deve ser o evangelho de Cristo, nossa mensagem central deve ser para a gloria e o engrandecimento do nome de Cristo.

Pense nisso!

Renato Vargens

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Testemunho de Vitor Belfort



Edificante, vale a pena ouvir!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo

Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimobig brother Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Obs.: BBB* - Big Brother Brasil

( Luís Fernando Veríssimo )

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