Onde deixamos a Cruz de Cristo?

Se
temos por base as “Escrituras Sagradas” como nosso manual de fé e prática,
obviamente temos extraído dela um mesmo conceito que atravessaram tempos,
culturas e divergências teológicas, exalando para um mundo corrompido uma mesma
fragrância de um perfume que jamais deixará a mente dos que olham para cruz.
Esse perfume do qual eu falo, é o mesmo que
insistimos em misturar com outros componentes e outros aromas afim de que o
torne mais atraente e mais adequado ao olfato de quem o deseja, mas não em sua
forma original.
O fato é que o evangelho entregue em nosso
lares, seja através dos livros, CDs, jornais e programa televisível, muito se
tem distanciado da sua forma original e muito longe nos tem lançado do alvo que
verdadeiramente deveriam nos remeter.
O que era pra ser tão comum pra quem já
conhece o evangelho torna-se uma incógnita quando nos referimos ao teor da
centralidade do evangelho. Olhar para a cruz e vê-la vazia, traduz não o motivo
por quem a teria esvaziado, mas sim o vazio de quem a deveria ter ocupado.
A igreja brasileira em um sentido geral tem
despencado a um abismo sem fim, e muitos tem sido os fatores que contribuem
para esse “empurrãozinho ladeira abaixo”. Essa chuva de chamados à prosperidade
ao triunfalismo ao determinismo e legalismo cristão está olhando para cruz e
dizendo: “Muito lindo Senhor... através disso, agora tomo posse de tudo que é
meu, não vou mais sofrer aflições porque eu determino as minhas bênçãos, afinal
de contas eu mereço porque que tenho obras”.
Esse desvio teológico afasta a cruz dos
nossos púlpitos, dos nossos lábios, dos nossos corações e da saúde da igreja. A
morte de Jesus foi o sacrifício expiador por causa do qual Deus desviou de nós
a sua ira, o preço de resgate pelo qual fomos redimidos, a condenação do
inocente para que o culpado fosse justificado, e o sem pecado fosse feito
pecado por nós.
Essa foi a realização de Deus na Cruz, esse
é o cunho central que deve envolver a igreja brasileira, porque esse amor nos
constrange ao ponto de olharmos para qualquer outro benefício realizado por Ele
em nós, e ser como uma conta perdida que mesmo que seja paga, já não mais a
esperávamos.
Muito, muito, muito bom!!!!
ResponderExcluirUm ótimo texto sobre o mesmo assunto a Cruz de Cristo; http://giovannipinto.wordpress.com/2012/12/21/o-escandalo-da-cruz-de-cristo/
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